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"Uma hora ele volta."
"Uma hora ele volta."
"Uma hora ele volta."

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- LUNA, VAMOS NOS ATRASAR, VAI LOGO, GAROTA!

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- LUNA, VAMOS NOS ATRASAR, VAI LOGO, GAROTA!

- Ah, Isabela, me deixa, vai. O Sr. Keller não vai pirar se chegarmos mais tarde. Já estamos no penúltimo período, no último ano. Ainda bem que esse pesadelo já vai acabar.

- Ah, falando em pesadelo, eu troquei meu dia com a Penélope hoje.

- Isabela! Você vai me deixar naquele lugar, sozinha?

- Só hoje. Aproveite que é sexta-feira, e vocês fecham mais cedo. Lembrou de colocar o uniforme na bolsa?

- Claro. Ah, joga essa camisa para mim.

- Por que não vai de sutiã, fica linda assim.

- Engraçadinha. - Luna diz, ao se distanciar do espelho para pegar a camisa a qual havia pedido.

- Ainda usa isso? - Isabela pergunta, ao ver que amiga ainda usava o amuleto de lua - Qual é, Luna? Já se passaram cinco anos. Ainda tem esperança de que ele volte?

- Claro que não.

- Então por que ainda usa esse colar?

- Já disse, é mais fácil, pra quando alguém perguntar o meu nome, eu só precisarei mostrar o amuleto. Quem já se viu? Gastar saliva com seres humanos? Já gasto com vocês e me canso.

- Olha só, eu, a tia Ginny e a Dona Margarida somos exceções. Ah, e seu irmão também.

- Não me fale dele.

- Por quê?

E assim, passaram todo o resto do tempo que lhe sobraram, enquanto se arrumavam pra mais um dia na faculdade. Isabela, ouvindo com atenção, se divertindo, e Luna, falando mal do seu irmão mais velho e de como ele havia passado a semana lhe irritando, mais do que o normal.

Aquela manhã não estava sendo tão cansativa quanto normalmente são todas as manhãs. Era o único dia da semana em que as duas frequentavam a mesma sala de aula, até porque, Psicologia criminal era a única cadeira que juntava a turma do curso de Direito e a turma do curso de Psicologia.

Assim, como Isabela havia lhe dito, Luna teria que enfrentar mais um dia de trabalho na Lanchonete Forbes sem a amiga. O lado bom de ter conseguido um emprego próximo à faculdade era que não precisaria andar muito, nem pegar os ônibus super lotados da cidade, então, logo ela estava entrando pela porta dos fundos e encarando uma loira, de um metro e setenta, com uma pinta em cima da boca, a qual Luna e Isabela apelidaram carinhosamente de "Pinta de cabaré", porque lembrava as casas noturnas antigas.

𝘗𝘦𝘲𝘶𝘦𝘯𝘢 𝘍𝘢𝘳𝘴𝘢 - 𝘎𝘪𝘭𝘣𝘦𝘳𝘵 𝘉𝘭𝘺𝘵𝘩𝘦Onde histórias criam vida. Descubra agora