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GILBERT HAVIA IDO DEPRESSA, NA VERDADE, ELE SEMPRE IA

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GILBERT HAVIA IDO DEPRESSA, NA VERDADE, ELE SEMPRE IA. Acreditava que cada vez que resolvesse alguma pendência mais rapidamente, aquilo tudo também iria durar por pouco tempo. Ele andou até o ferro velho que bem conhecia, o pai sempre o levava pra lá quando era pequeno, já que não tinha com quem deixar o menino, mas naquela época, ele era tão inocente que ao menos conseguia entender sobre o que se tratava.

Chegando lá, ele viu homens em frente ao lugar, passariam facilmente por simples ferreiros realizando seus trabalhos. O fato é que estavam realmente realizando seus trabalhos, mas de proteção, e não como ferreiros, e Gilbert nem precisou olhar duas vezes para entender.

Quando chegou mais perto dos homens sujos de ferrugem, ele deu seu nome, e disse que havia negócios a tratar com Chuck Miller. Gilbert conhecia Chuck, na verdade, Chuck conhecia Gilbert, e a família dele também. Já tinham se falado algumas vezes enquanto esteve fora, ele era a sua ponte com a cidade.

- Gilbert! - Ele se aproximou.

- Oi, Chuck - Gilbert sorriu fraco, já estava cansado daquilo. - Vim resolver algumas coisas com você, o Wins mandou.

- É, eu sei - Ele disse, chamando um dos seus homens, cochichando algo em seu ouvido, algo que o fez assentir e entrar novamente. - Mas como você está, garoto?

- Poderia estar melhor, sem tudo... isso aqui. - Gilbert disse, com pesar, recebendo segundos de silêncio de todos ali.

- Ainda me pergunto o porquê você ficou no lugar dele, meu filho. - suspirou. - Isso não é vida pra você, menino.

- Eu não tenho escolha, não escolhi ter um viciado sem noção como pai. - Gilbert sorriu amargamente. - Sempre foi assim, ele faz as besteiras e eu... eu sempre fico com a responsabilidade.

- Você não precisa, sabe disso. Seu pai não é nenhuma criança. - ele tocou em seu ombro.

- Você não precisa se preocupar, sério, eu sou conta, o tempo já está acabando mesmo.

- E por que voltou agora? - Ren, um dos ajudantes de Chuck, perguntou.

- Bom, a demanda daqui subiu muito, abriram um negócio recentemente que está sendo usado como uma capa - Gilbert explica.

- Então, o cassino nove-nove...

- É fachada, sim, tem muito mais por baixo, e eles meio que me promoveram, já que é a minha região, se é que isso pode ser chamado de promoção. Não quero mais continuar, mas eu não posso fazer nada - Gilbert lamentou, com o maxilar trincado.

- Calma, garoto. - Chuck o puxou para um abraço, deixando Gilbert em choque, pois não esperava aquela atitude, mas logo retribuiu o afeto. - Gil, eu era amigo do seu avô.

- Do vovô Jay? - Ele o olha incrédulo.

- Esse velho mesmo. - Chuck gargalhou. - Ele era especial, assim como você. Tinha um coração puro e era o homem mais valente que eu já conheci. Nós dois teríamos tido mais tempos juntos, se eu não tivesse feito a burrice de me envolver no caminho errado, e eu lamento muito isso. Também lamento não poder cuidar de você e ter evitado que entrasse no mesmo caminho que o meu, mesmo que não seja por sua culpa.

𝘗𝘦𝘲𝘶𝘦𝘯𝘢 𝘍𝘢𝘳𝘴𝘢 - 𝘎𝘪𝘭𝘣𝘦𝘳𝘵 𝘉𝘭𝘺𝘵𝘩𝘦Onde histórias criam vida. Descubra agora