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"Você não para de ligar
Eu não quero te ferir
Sei que cê é do tipo de se entregar
Por isso tenho que partir

Por favor não pede desculpa
Com esse teu olho molhado
Baby, você é só um anjo

A gente tem a dor parecida nessa vida
Por isso eu me afasto tanto"

***

Há cinco atrás

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Há cinco atrás


JÁ FAZIAM QUATRO MESES QUE GILBERT TINHA SAÍDO da cidade, e completamente da vida da Família Reis. Pelo menos, ele esperava.

Naquela tarde, o tempo estava frio e com previsão de tempestade e trovões.

Ele foi embora sem esperanças de voltar, e sem contar a verdade do porquê foi. Agora, passava todos os dias  tendo que se convencer de que não contar a verdade fora a melhor decisão. Prezava por aquela família mais do que tudo na vida, eles eram o tudo pra ele.

Estava a caminho de onde foi combinado o seu novo compromisso, ao lado de um novo parceiro de trabalho. Podia-se dizer que ele era como um amigo, mas nunca chegaria perto da relação que Gilbert tinha com Andrew.

Quando chegaram lá, não tinha ninguém, mas já esperavam por isso, sempre chegavam cedo para reconhecer o local antes de qualquer um com quem fossem fazer transações.

Eles eram bem profissionais, raramente falavam de situações pessoais, mesmo que fossem parceiros quase em tempo integral. Gilbert chegava a saber de alguns casos que Marco tinha, mas sempre eram apenas de uma noite. Como moravam basicamente no mesmo lugar, ele sempre o via chegar tarde da noite, agarrado à uma mulher diferente quase todos os dias, enquanto sua única companhia foram seus líquidos alcoólicos e sua moto.

Ambos não foram feitos para serem usados juntos, nunca deram um resultado muito bom, e Gilbert sabia disso, por isso nunca pilotava quando estava sob o efeito de bebidas. Na verdade, seu passatempo sempre fora sua moto, a qual apelidou carinhosamente de "Lila". As bebidas eram usadas quando ele sentia que suas voltas selvagens pelas rodovias não funcionavam para acalmar sua mente e alinhar os seus pensamentos.

No momento, ele tentava se distrair jogando pedras na parede zinco, já que seu celular não parava de tocar.

- Não vai atender, Blythe? Desde que eu te conheci que toda vez que esse seu telefone toca, você nunca atende, já estou ficando agoniado - disse Marco.

Ele não ia atender, ia deixar tocar mais uma vez, igual à todas as outras, porque sabia muito bem de quem se tratava. O seu astro favorito estava girando, e tentando passar perto dele novamente, mas ele sempre recuava.

Ele riu ao lembrar dela, isso sempre acontecia, porque nunca deixava de pensar nela. Um impulso o fez ir contra todas as suas metas dos últimos meses, com o coração apertado. Sendo que o coração apertou mais ainda quando se afastou de marco e deslizou o dedo sobre a tela do celular, o colocando no ouvido.

𝘗𝘦𝘲𝘶𝘦𝘯𝘢 𝘍𝘢𝘳𝘴𝘢 - 𝘎𝘪𝘭𝘣𝘦𝘳𝘵 𝘉𝘭𝘺𝘵𝘩𝘦Onde histórias criam vida. Descubra agora