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- É POSSÍVEL QUE ALGUM ALIEN TENHA TE SEQUESTRADO? LUNA!

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- É POSSÍVEL QUE ALGUM ALIEN TENHA TE SEQUESTRADO? LUNA!

A fala, ou melhor, o grito de Isabela saiu mais alto do que ela esperava. Sua intenção era apenas fazer com que Luna finalmente a desse atenção, pois sua amiga estava mais distraída do que o normal naquela manhã. Na verdade, nos últimos três dias. E ela realmente conseguiu o que queria, Luna finalmente a olhara com atenção, igual à toda a sala, inclusive o Sr. Fuller, que estava com seu típico humor ácido e irritado, como todas as quartas-feiras.

- Isabela Ambrosio, o que a fez atrapalhar a minha aula?

- Me desculpe, Sr. Fuller, era pra ter sido bem mais baixo do que foi. Só queria chamar a Luna.

- A sua colega está do seu lado, e pelo que eu saiba, ela não é surda, e mais, estamos em horário de aula, não há espaço para conversas impertinentes!

Seu olhar severo logo foi lança de Isabela para Luna, que o olhava com medo de que ele viesse a perguntar algo sobre o que ele estava ensinando.  Porque, por mais que Biologia fosse uma matéria interessantíssima, a única mente que ela gostaria de entender era a de Gilbert Blythe.

Ele não havia falado com ela desde o dia no Astros, não como sempre costumava falar, e isso deixava Luna aos nervos. Ela se perguntava o que tinha feito de diferente, não era possível que toda aquela mudança fosse por causa do seu novo relacionamento. Ela não queria acreditar que esse fosse o motivo.

Sua relação com Gilbert é tão antiga, que ela não conseguia imaginar que os sentimentos dele haviam mudado. "Amigos" era algo pequeno para defini-los. Se alguém perguntasse, ela responderia: "Ele é meu irmão".

Mas não se sente um calor pelo seu irmão, certo?

Eles haviam se encontrado algumas vezes nesses dias. Uma vez, no domingo à noite, quando ele tinha acabado de chegar em casa com Andrew, e enquanto ela estava na cozinha, se empanturrando com sonhos de chocolate, eles se olharam, Gilbert acenou com a cabeça e seguiu seu caminho às escadas.

Outra vez, por pura sorte de Luna, ela o viu na terça-feira. Enquanto chegava do colégio, ele estava descendo às escadas, com o intuito de ir em direção à garagem.

- Já vai embora?

- Já sim. Ah, bom dia, Lu.

Tudo que ela queria era saber o porquê de Gilbert estar lhe evitando. Até deixar de passar mais tempo na casa dos Reis, Gilbert estava deixando, e aquilo para Luna se tornou um cúmulo. Não era sua culpa, ou era?

- Srta. Reis, eu estou falando com você! Não me faça repetir pela quinta vez.

- Mil perdões, Sr. Fuller, o que estava dizendo?

- Lhe perguntei sobre... Salva pelo sinal, mas na próxima aula, se prepare.

Ela lhe sorriu, um sorriso fraco, mas foi um sorriso. Sabia que o Sr. Fuller, com todo o seu jeito irritado, no fundo, bem no fundo, no canto mais escuro, tinha um bom coração e se preocupava com seus alunos. Agradeceu aos céus por ele não ter estendido a aula, como sempre, afinal, nenhum professor respeita o horário.

𝘗𝘦𝘲𝘶𝘦𝘯𝘢 𝘍𝘢𝘳𝘴𝘢 - 𝘎𝘪𝘭𝘣𝘦𝘳𝘵 𝘉𝘭𝘺𝘵𝘩𝘦Onde histórias criam vida. Descubra agora