Capítulo 8

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Valentim finalmente conseguiu o que queria. Com a ajuda de John tudo estava ocorrendo com o previsto. Ele sabia dos riscos que correria, mas tinha que fazer. Ele tinha um objetivo e pretendia chegar até o mesmo. Estava certo do que queria. O número de pessoas já estava quase lá. Faltavam poucas. Para aquele ritual não precisavam de muitas. Apenas alguns inocentes. Um pouco do sangue de cada um deles para alimentar a Força.
Valentim caminhou pelos corredores de seu local secreto onde apenas autorizados tinham acesso ao local, ou seja, somente os membros da ceita. O cheiro de mofo impregnado no ar não o incomodou, já era familiar demais para que o incomodasse. Seus sapatos faziam um ruído quando tocavam o piso. Ele mantinha sua expressão séria afinal, era o líder da ceita e não gostava nem um pouco de brincadeiras. Seus longos anos de vida o fizeram assim. Já vira guerras, já teve um grande número de inimigos e matou a grande maioria deles. Já foi morto uma vez também. Mas isso não vem ao caso no momento, virá depois e tudo fará mais um pouco de sentido.
Finalmente chegou à sala para onde estava se dirigindo. Vestia um terno cinza, sempre impecável. Estendeu a mão e tocou a porta de madeira empurrando-a. O condicionador de ar refrescava o lugar, ele olhou para as fileiras de cadeiras nas quais os membros se assentaram. Todos foram convocados para uma reunião de última hora para que as informações recentes fossem passadas. Todos o olharam e o falatório logo cessou. Um silêncio pesado pairava no ar, todos esperavam por uma resposta positiva e a imagem do próprio Valentim passava à eles um tipo de respeito, medo. Eram submissos à ele. Valentim caminhou até na frente da sala que não era tão extensa, em um local visível para todos, ele mais uma vez olhou um por um.
- Senhoras e senhores, os convoquei hoje para lhes trazer as boas novas. As notícias são excelentes e estamos nos surpreendendo com os resultados, não é mesmo Johnny?- Valentim ergeu uma sobrancelha e John, que estava na segunda fileira assentiu.- Como vocês sabem, o ritual vai muito bem. E não deixamos rastros de nada. Mas há um porém meus caros. E é um preço muito alto que, não nossa espécie mas, a espécie humana pagará.
Todos arregalaram os olhos.
- Mas senhor creio eu que por tudo que eles vão passar já é algo muito ruim. Como planejamos, ainda haverá mais?- indagou uma mulher que estava sentada na terceira fileira.
- Sim, Susan. Apesar de tudo que vamos proporcionar à eles, todo o terror, toda a dor, ainda haverá mais. E temos que ti.ar cuidado porque pode nos afetar também. Porém de uma forma um tanto diferente.
Valentim sorriu diabolicamente. Ele era um crápula. Ele visava o bem próprio. Não era um traidor, quando prometia algo cumpria sua palavra. Mas nem sempre o que propunha fazia bem aos dois e sim somente à ele. Ele queria vingança. Somente isso. Queria se vingar dos "normais", que Valentim pessoalmente acreditava serem pior do que ele próprio. Odiava os seres humanos. Exceto um. Johnny.
~*~
Uma semana depois
Sun ia a faculdade normalmente desde o desaparecimento do seu pai. Estava tudo bem porém estava se decidindo se trancaria o curso para continuar depois que esse vendaval todo passasse ou continuaria. Estava considerando trancar para que pudesse esfriar a cabeça e voltar quando tivesse melhor. Estava no caminho de casa, voltando de mais uma aula matutina e sentiu um forte cheiro de podre. Olhou por todos os lados e não encontrou nada, apenas as ruas limpas. Continuou caminhando e o odor pareceu impregnar suas narinas. Cheirava a ovos podres e ela não fazia ideia de onde vinha. Quando estava próxima de casa o cheiro se dissipou, não o sentia mais. Sun achou aquilo muito estranho. Ela olhou pro céu, algo estava errado, extremamente errado. O sol trazia um brilho pálido, como se seu brilho tivesse sido sugado e deixado apenas uma débil luz. Não era inverno, ainda era outono, o solstício de inverno não estava próximo de acontecer, então por qual motivo o sol estava "se apagando"? Talvez fosse coisa da cabeça de Sun, ela afastou esse pensamento e aposto que se dissesse isso para a mãe ela reagiria de duas formas: ou diria que Sun estava louca ou zombaria dela dizendo que ela seria o sunshine a iluminar o sol. Sun lembrou do apelido que detestava e sacudiu a cabeça com repulsa. Não era mais criança para ser chamada de sunshine da mamãe ou de little sunshine. Sua mãe era louca quando mais nova, era a única explicação que Sun tinha em sua mente. Quando Sarah foi dar a luz à pequena Sun, não sabia que nome por na criança. Era um fim de tarde agradável, ensolarado e a mãe de Sun, enquanto estava no carro à caminho da maternidade, teve uma tremenda sensação de paz. Um feixe de luz do a tocou e imediatamente Sarah sabia qual nome dar à sua filha: Sunny. ( traduzido do inglês é ensolarado). A apelidou mais tarde de sunshine, porém a menina depois de grande não se agradava do apelido, então seu pai a chamou de Sun. O sol, o centro de tudo naquela família. ( Sun traduzido do inglês é sol). Sun entrou em casa e foi direto para o quarto. Tomaria uma ducha e logo em seguida descansaria.

In The End (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora