Sun acordou com dor de cabeça e um feixe de luz do sol no rosto. Depois de seu pesadelo não conseguiu dormir bem, acordou diversas vezes no meio da noite. Levantou-se e fez sua higiene. Lembrou-se que aquele seria seu primeiro dia na faculdade e estava ansiosa.
~*~
O homem caminhava pelo lugar que mais parecia um castelo medieval à passos largos. Toc, toc, toc. Faziam seus pés no chão e ecoavam até longe. Pegou o lenço de seu bolso do casaco e secou o suor da testa. O lugar era mal iluminado e causava-lhe um certo arrepio na nuca. Era uma construção de pedra e no momento John estava em um local subterrâneo. Quase secreto. Se não fosse secreto... Apesar de estar embaixo da terra, um ar frio se formava ali com cheiro de mofo. Mas ainda assim, estava abafado. Finalmente chegou à porta de madeira para onde estava se dirigindo e uma mulher magra e alta o aguardava no local. Tinha a pele clara, era loira e meio ossuda. A imagem da mulher não o tranquilizou, apenas aumentou seu sentimento de repulsa pelo lugar. Ela parecia estar morta.
- Valentim o aguarda, senhor.
- Claro, claro. Obrigada.
Ela acenou e abriu a porta para que John entrasse, saindo de sua frente.
Ele entrou e a porta se fechou atrás de si com um ruído. Ele engoliu em seco, a sala era ainda pior que os corredores por onde veio. Havia uma pequena janela quadrada no alto da parede e pesadas cortinas de veludo estavam próximas à ela, deixando apenas uma pequena parte à mostra, encobrindo quase toda luz que podia vim de fora. A janela parecia aquelas janelas de porão, do lado de fora ficava bem próxima ao chão. Na sala, um lustre estava pendurado no centro do teto e velas tremulavam. Haviam tapetes grossos pelo chão. Uma estante de livros à direita e no final da sala uma mesa com uma enorme cadeira. Sobre ela, haviam papeis e mais alguns livros. Blocos com anotações e canetas. Quadros esquisitos estavam pendurados pelas paredes. Mostravam algum tipo de carnificina. Uma guerra talvez. Parado ali ele sentiu algo mover-se atrás de si pois, uma corrente de ar havia passado por ele. Ao olhar para trás para verificar o que era, encontrou enormes olhos vermelhos o encarando e assustou-se pulando para trás. Uma risada quase maligna saiu de sua garganta, achando graça do pavor do outro.
- Um dia ainda te mato, Johnny.- disse Valentim em tom de brincadeira.
Aquele era um dos raros momentos em que John viu Valentim brincar.
- Um dia você ainda mata qualquer ser vivente abaixo de sua especie, Valentim.
- Não quero menospreza-lo, meu caro mas, sua especie e qualquer uma outra está abaixo da minha e você mesmo sabe muito bem disso. Agora, chega de conversa e vamos diretamente ao que importa.
~*~
- Zayn! Acorda! ZAYN!
Zayn abriu os olhos ainda grogue. Alguem esmurrava a porta e berrava seu nome.
- Vai embora!- ele não estava nem um pouco a fim de levantar ou falar com qualquer outra pessoa.
- Zayn, é serio. Temos um problema grave.
Zayn bufou. Não havia outra alternativa a não ser abrir a porta e ver o que Matt queria. Levantou lentamente da cama e caminhou se arrastando até a porta.
- O que você quer cara?
- Você será mandado para Londres.
- O quê?! Por que?!
- Estamos investigando uma serie de mortes. E parece que precisam do nosso melhor agente lá. Te escolheram.
- Eu não acredito nisso... Essas mortes estão relacionadas?
- Pelo que parece, sim. A divisão de homicídios suspeita de algum ritual macabro. As vitimas tem seu sangue drenado do corpo e os olhos arrancados. Símbolos estranhos também foram encontrados desenhados à ponta de faca no corpo de todas as vítimas.
- Precisamos de um simbologista. Encontre o melhor. Vou tomar um banho e fazer as malas. Me comunique caso haja alguma nova informação.
- Sim. Entrarei em contato com a divisão em Londres para mandarem o melhor simbologista que tiverem.
- Sim. Faça isso. Obrigado, Matt.
- Disponha.
Algumas horas depois Zayn chegou à Londres. Desembarcou e no aeroporto um carro já o esperava. O levaria para o hotel e mais tarde iria ver os corpos. Esperava que o simbologista já tivesse sido encontrado e tudo se resolvesse rápido. Ele não gostava nem um pouco de Londres e pretendia ir embora brevemente. Tinha uma péssima impressão do lugar, algo estava errado. Chegou no hotel e foi tomar um banho, logo em seguida teria de ir resolver seus problemas.
Após terminar sua higiene vestiu roupas quentes. Um suéter preto e jaqueta de couro preta. Calças jeans escuras e um sapato preto. Adivinha qual era sua cor favorita?!
Olhou-se no espelho e viu seu belo rosto. Olhos azuis, cabelo escuro, um nariz fino e pequeno e lábios um tanto carnudos. Enfim saiu do quarto e fechou a porta. Enquanto andava a jaqueta apertava-lhe um pouco os músculos do braço. Era alto também, tinha aproximadamente 1,80 de altura e talvez colocava medo em algumas pessoas por aí por sua expressão seria e seu distintivo. Levava sua maleta consigo. Saiu do elevador caminhando pelo saguão do hotel arrancando alguns suspiros de meninas que passaram por ele. E Zayn realmente esperava que elas fossem espertas o suficiente para não se envolverem com ele. Entrou novamente no carro preto e agora ele mesmo dirigia.
Chegou ao local onde os corpos estavam, os legistas provavelmente estariam estudando a situação das vítimas. Ao sair do carro e aproximar-se da porta notou um homem de pé. Vestido com terno, uma maleta marrom de couro em uma das mãos e a outra enterrada no bolso da frente.
- Zayn Wate?- a voz grave do homem o surpreendeu.
- Sim.
- Sou o doutor Sparks. O simbologista que pediu.
- A claro. Prazer em conhece-lo dou...
- Me chame apenas de Marcos.- estendeu a mão que antes estava no bolso e apertou a de Zayn.
- Então, Marcos, você já viu os corpos? Já estudou os desenhos?
- Não, como você, acabei de chegar e me disseram para espera-lo aqui.
- Ah, claro. Então... Vamos?
Marcos abriu a porta e entrou ainda segurando-a para que Zayn pudesse entrar.
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In The End (HIATUS)
FantasíaUma força sobrenatural é despertada das profundezas da Terra e ameaça a vida humana. À beira da extinção humanos travam uma luta intensa para salvarem suas vidas e a do planeta. Caso percam, grande parte da humanidade será extinta e a outra feita de...