• CAP 2

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Alemão 🚀

Sábado era o dia que eu mais corria nesse morro, era o dia que minhas escolinhas bombava, e tinha turma até nem sei que horas, na semana eu passava maior parte do meu tempo na ONG que eu tinha aqui, então sábado eu dava atenção para minhas crias.

Eu era formado em Educação Física, tinha 2 academias em São Paulo e 1 escolinha de futebol, e aqui no Rio eu tinha 1 no asfalto, e aqui no morro todas eram de graça para os moleques ter a mesma oportunidade e a ONG era um sonho de uma pessoa muito especial que tirei do papel e me dedico, embora eu fosse filho do dono do morro eu não nasci pra essa vida não, e isso causou pra cacete, mas agora ele aceitou e me apoia, deu o vice pra um dos meus melhores amigos e afilhado dele, que cuidava dos morro dele de SP, e agora veio pra cá.

Tava solteiro aproximadamente uns 8 anos e não tava com vontade de namorar nem tão cedo, ficava com umas meninas mas nada sério, aliás só namorei uma vez e como aquela ali não tem, então prefiro nem brincar com ninguém.

Estava terminando de juntar as bolas que tava pela quadra, até que vi o Neguin entrar na quadra.

Neguin : eae meu parceiro, acabou por hoje? - ele tocou na minha mão.

Alemão : acabou carai tô cansadão pra porra, qual o milagre de você aqui ? - ele riu olhando pra uma novinha.

Neguin : vou passar a vir mais aqui qual foi cheio de neném meu - vi que ele tava olhando a Andressinha e eu ri, por que já tinha ficado com ela.

Alemão : só pra te informar já peguei, mais fala carai o que você quer? - tinha terminado de guarda tudo, tava fechando a salinha já.

Neguin : o padrinho falou pra gente ir pra casa, por que a madrinha tá fazendo jantar - franzi a testa ao ouvir ele falar.

Alemão : ih jantar em família? Tem b.o aí ein, vou só passar na tia linda e pagar o que os mlq comeu hoje e já tô subindo - trocamos cumprimentos e cada um foi pro seu lado.

Jantar em família sem motivo nenhum, tava estranho pra caralho mas talvez nem seja nada demais.

Vi o KL passando com a Beatriz irmã dele, ela era minha amiga de tempos, tínhamos ficado uma única vez, mas fazia tempo, mesmo o morro inteiro pensando que a gente tinha um lance, era só amizade real ela era maluquinha demais, mas eu e o irmão dela não se dava de jeito nenhum.

Fiz o que tinha que fazer e segui meu rumo.

DO MORRO PRA VIDA - Livro 1 Onde histórias criam vida. Descubra agora