• CAP 75

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Maratona 3/4

+30

Moah 🎡

Abri meus olhos e aquela luz forte doeu a minha visão, fazendo eu fechar novamente e piscar algumas vezes, me mexi e vi que estava com um acesso tomando medicação e sentada numa poltrona.

Coloquei a mão na frente da claridade e vi na minha frente a Lua e o KL conversando e a aparência da Lua não tava boa, me ajeitei na poltrona e o olhar deles veio pra mim.

Lua: geminha como você tá? - ela parou do meu lado, e o KL ficou parado atrás dela com as mãos no bolso.

Moah: meia tonta, o que aconteceu comigo? Por que estou tomando medicação? Cadê o TF - olhei pro acesso no meu braço e olhei pra eles novamente.

KL: vou buscar alguma coisa pra você comer encrenca, quer algo Moah? - fiz que não com a cabeça e sorri fraco.

A Lua se sentou na poltrona que estava vazia do lado da minha e engoliu a saliva voltando a olhar pra mim.

Lua: você teve uma crise de pânico pelo que a médica disse, e te deram um calmante você estava muito nervosa - ela alisou minha mão, e minha consciência voltou a cena do TF cheio de sangue no chão, e minha garganta já fechou novamente.

Moah : cadê ele Lua me fala - olhei ao redor e não vi nada de alguém conhecido.

Lua: ele está na UTI, precisou passar por cirurgia para tirar a bala que ficou alojada na barriga e a outra no ombro, porém ele perdeu muito sangue e precisa de transfusão de sangue pra ontem - fechei os olhos e respirei pesada.

Ele só foi me acompanhar e eu causei tudo isso, quem era aquele Nathan? Por que ele fez isso com o meu TF.

Moah: por que você não doou? O KL? eu posso doar ? - A expressão dela mudou quando eu fiz essa pergunta .

Lua: geminha o tipo sanguíneo dele é O- e ninguém aqui é compatível, nem a irmã dele, a mãe não pode não sei por que, ninguém tem esse tipo sanguíneo, nem o pai dele - nesse momento lembrei que ele disse que a mãe dele era soro positivo, e o pai era de consideração.

Encostei a cabeça na poltrona e senti as lágrimas escorrem no meu rosto, e a cabeça da Lua no meu ombro.

Moah: gêmea eu amo o Thomas eu não posso perder ele, eu só sei perder quem eu amo, nossa mãe, meu bebê - ela limpou as lágrimas do meu rosto com carinho e entrelaçou nossos dedos.

Lua: eu tô aqui e vamos achar alguém, vou ligar prós meninos da fotografia, por no status, vamos achar confia em mim - balancei a cabeça lentamente e a enfermeira tirou meu acesso, levantei lentamente e minha cabeça girou.

Moah: eu tô tonta e um pouco enjoada gêmea, cadê a mãe dele e a Dani me leva lá por favor - ela fez que sim e o KL apareceu com um copo de café e um pão de queijo pra Lua.

E ao sentir aquele cheiro meu estômago deu um giro 360 graus e eu só respirei fundo.

Caminhei pelo corredor e vi a Dani e a dona Luzia e o Thiago pai do TF .

Olhei pra elas e elas estavam abatidas de tanto chorar, cruzei meus braços e abaixei a cabeça.

Thiago: você não tem culpa Perrini - ele caminhou até mim e passou a mão no meu ombro, sorri fraco com a cabeça baixa.

Eu tinha conhecido ele e a esposa dele dias antes de tudo isso acontecer, e eles foram incríveis comigo.

Caminhei até a frente da dona Luiza e me ajoelhei .

Moah: me perdoa eu não tive culpa - abaixei a cabeça e ela respirou fundo chorando, e passou a mão na minha cabeça.

Luzia: menina você não tem culpa, eu sou a culpada disso tudo - ela e a Dani me abraçaram, ficamos assim até a médica vir.

Médica: Familiares do paciente Thomas Fox - levantamos rápido e minha cabeça virou novamente, e o Thiago me segurou .

Thiago : tá tudo bem? - pus a mão na testa e fiz que sim, olhei pra médica falando .

Médica: retiramos as balas porém eu preciso de uma transfusão com urgência se não ele não vai aguentar, ele perdeu muito sangue, eu preciso disso nas próximas 3 horas no máximo - abaixei a cabeça e ela falou mais algumas coisas pro Thiago e retornou pra UTI.

Luzia: eu vou resolver isso agora e salvar meu filho - olhei pra ela sem entender e o Thiago segurou o braço dela.

Thiago: pensa direito é a vida do nosso filho - ela puxou o braço e saiu do hospital voando .

Sentei nas cadeiras e olhei no relógio marcava 21:00 da noite e o KL tava a todo momento com a Lua, que me olhava de frente.

Eu só queria ver meu branquinho, meu burguês .

DO MORRO PRA VIDA - Livro 1 Onde histórias criam vida. Descubra agora