• CAP 14

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Alemão 🚀

Tava morgadão de carro então preferi pegar minha moto e subir pro morro do mineiro, fui voando e quando chegou no pedaço das vielas diminui por que sempre tem uma das minhas crias que me vê e se joga na frente da moto, então fui na miúda, até que uma menina saiu da viela e só deu tempo de frear, mas a moto bateu um pouco nela, acabei caindo também mas levantei rápido e fui vê a garota e nem botei fé quem era.

Era a Moah a minha Moah, a garota que eu sou apaixonadão a 8 anos, a única mulher da minha vida.

Me ajoelhei do seu lado e vi um cara saindo correndo da viela.

Alemão : pega jack pega jack - gritei e os vapores logo correu atrás do cara, peguei ela nos braços e vi ela desacordada e com a sobrancelha sangrando, não tava acreditando, eu não podia ter feito isso, eu não ia me perdoar ferir ela, de novo não.

Alemão : Mô acorda por favor - falei baixinho do jeito que eu a chamava, vi ela se mexendo devagarinho e abrindo os olhos com dificuldade, ela tentava olhar ao redor, até que me olhou nos olhos e sua respiração ficou ofegante .

Ela tava linda pra caralho.

Moah: Nathan? - ela semicerrou os olhos, colocou a mão no meu rosto lentamente e eu sentei ela devagar.

Alemão: sou eu, você tá bem? - ela tocou meu rosto com as pontas dos dedos, e soltou um leve sorriso no canto da boca.

Moah: minha cabeça dói um pouquinho e estou um pouquinho tonta também - ela tirou a mão do meu rosto e tocou seu rosto vendo o sangue, e se assustou a ver e logo grudou na minha blusa com medo de algo.

Alemão : calma tá tudo bem, eu tô aqui, vamos no postinho pra vê se está tudo bem mesmo, pode ser? - ela fez cara de dor da cabeça dela e consentiu que sim.

Passei uma mensagem pra um vapor parceiro meu daqui e ele brotou com um carro, levantei ela devagar e a coloquei no carro, ela segurou minha mão.

Moah : vai aqui comigo por favor Nathan - ela pediu baixinho e eu fiz que sim, deitei a cabeça dela no meu ombro, e fomos pro jacarezinho num 10.

Ela tava com os olhos fechados segurando minha mão, minha cabeça tava uma bagunça fodida, mil perguntas que queria fazer pra ela, queria beijar ela, cheirar, abraçar, tava foda.

Chegamos no postinho e já passei ela na frente de geral, ela passou no médico, fez alguns exames, tinha feito os curativos dos braços e da sombrancelha, e tava tomando uma medicação, cheguei na porta da salinha e a vi olhando pro nada, e interrompi o silêncio.

Alemão: tá tudo bem? - ela me olhou assustada e fez que sim com a cabeça, cheguei perto dela e sentei na poltrona do lado.

Moah: tá sim minha cabeça dói um pouquinho mais o médico falou que é normal pelo impacto do atropelamento - cocei a nuca e vi o curativo do braço dela.

Alemão: é eu conversei com ele, o certo era você ficar aqui de repouso mas dei minha palavra que você ia descansar, sei que você não curti hospital - ela me olhou e abaixou a cabeça com um meio sorriso.

Moah : é eu não curto mesmo, que loucura tudo isso né - ela suspirou e eu coloquei as mãos na cabeça.

Alemão: põe loucura nisso são 8 anos né?  - cocei a cabeça novamente, e olhei pra ela de lado.

Moah : é 8 anos, se você não mudou muito, você tá nervoso já coçou a cabeça várias vezes - ela riu baixo,  cocei a nuca e ri.

Alemão : que nada pô tô de boa, imagina se eu ia ficar nervoso em encontrar uma pessoa que cacei por 8 anos - ela me olhou fixo e os olhos dela sempre foi meu ponto fraco e ela sabia disso.

Enfermeira: querido sua namorada tá liberada já, ela tá com as medicações que tem que tomar e se sentir algo volta ok? - ri com ela falando namorada e fiz que sim.

Moah : Perdão Nathan ela deve ter achado que eu era enfim você sabe, to sem nada meu, tô sem meu carro, sem meu celular, o Pedro deve tá preocupado comigo - ela cruzou os braços de frio, tirei minha jaqueta e coloquei nas costas dela, fomos saindo do postinho.

Alemão: faz assim liga pro Pedro do meu celular e me passa as coordenadas do seu carro, que vão trazer ele pra você - ela fez que sim, paramos do lado de fora.

Ela ligou pro Pedro e eu ouvi os gritos dele no telefone, e ela ria baixo tentando explicar as coisas.

Alemão: quer esperar lá na minha casa? - ela fez que não com a cabeça.

Moah : não precisa muito obrigada mesmo, ele já tá vindo - ela encostou do meu lado e colocou minha blusa.

Alemão & Moah: você tá namorando? - um olhou pro o outro e demos risada .

Alemão: põe seu número aqui qualquer coisa eu te aviso do seu carro - não sou besta não ia perder o contato dela, ela fez que sim.

Foi o tempo de uns dois carros pararem na frente do postinho, e saltaram Pedro, Beatriz, KL, Lua e uma loira.

Lua : o que esse filha da puta fez Moah? - ela entrou na minha frente e fez sinal de rendição.

Moah : ele não fez nada Lua, ele que me socorreu mas tá tudo bem sério - a Lua ficou me encarando.

KL: qual foi morena por que não me ligou? - Ele passou a mão no rosto dela e me encarou e eu devolvi na mesma medida.

Ela conhecia ele da onde? Eles estavam juntos? Ele nunca ficou com ninguém sério, ah tá de sacanagem mermo.

Moah : gente um cara tentou abusar de mim, eu saí correndo do beco viela sei lá e entrei na frente da moto dele - ela explicou e o KL veio pra cima.

KL : sabe dirigir essa porra não caralho, podia ter matado ela seu vacilão - ele me peitou e eu tirei a Moah do meio.

Alemão: tá surdo nessa porra não ouviu o que ela falou, vacilão é você cuzão do caralho - ela entrou no nosso meio e nos empurrou.

Moah : Nathan e Kevin para por favor, eu tô bem chega chega sério - ela sabia o nome dele por que? Ele não falava pra ninguém.

Lua : eu vou levar você embora chega de loucura por hoje, vamos - ela abraçou a Moah .

Moah : obrigado por me ajudar tá Nathan, e eu vou cumprir sua promessa pro médico - ela sorriu pra mim e eu consenti que sim.

KL: eu te levo morena - a Lua fez que não.

Moah : obrigada Kevin mas não precisa mesmo, muito obrigada viu, depois a gente se fala - ele fez que sim.

A Lua levou ela e colocou no carro com o Pedro e ela saiu olhando a janela, o KL saiu me olhando feio, e eu tava com vontade de macetar esse fdp no soco.

Mas tinha um b.o pra resolver no morro do mineiro, saber quem era aquele fdp e descarregar minha arma na cara dele, e poucas vezes eu fazia isso.

DO MORRO PRA VIDA - Livro 1 Onde histórias criam vida. Descubra agora