• CAP 7

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Marcela 👄

Depois de um show incrível no morro do Mineiro, ainda ficamos por lá curtindo com os família da facção, viemos pra casa e pra não perder o costume fiz um amor gostoso com meu marido, o tempo podia passar mas o nosso fogo era sempre o mesmo.

Ser casada com um traficante não é esse mar de rosas que aparenta ser, tem muito sofrimento, tem muitas coisas que tem que ser abdicado pra viver aquilo que se tem coragem e vontade, conheci o Ivan eu era novinha tinha 15 anos, perdi minha virgindade com ele, mas ele não queria nada sério, e meus pais também não aceitava jamais eu namorar um filho de traficante, imagina filha de dois médicos namorando um filho de traficante, segui minha vida aos 17 nos encontramos novamente e fomos ficando ficando ficando e veio nosso amor o Nathan, não foi uma gravidez planejada, eu fiquei sem chão meus pais me viraram as costas e o Ivan disse que não queria nada, mas não deixaria o filho jamais, foi então que a dona Clarice mãe do Ivan me trouxe pra cá e me adotou como quase filha, a gestação foi caótica, ele ficava com várias e deixava claro que não queria nada comigo, assim que o Nathan nasceu eu sabia que as coisas precisava mudar, meus pais não queria saber de mim, mas queria saber do Nathan, eu não neguei são avós, comecei a buscar meu próprio progresso, querendo ou não minha mãe me ajudou bastante com a dona Clarice cuidando do Nathan, e eu abri minha primeira loja de roupa, fui atrás e cursei minha faculdade de moda, mas nesse tempo de afastei de verdade do Ivan, ele se tornou sub dono do Jacarezinho e eu comecei a trabalhar e estudar, tinha um filho novinho pra cuidar mas isso não posso falar dele, pelo menos o papel de pai ele fez sempre.

Aos 23 estava formada com minha loja tendo sucesso, e um filho lindo, conheci um carinha super legal, começamos a nos envolver e acabei me apaixonando por ele, o Ivan surtou grandão, me seguia e tudo mais.

Eu não entendia o sentimento do Ivan ele não queria namoro, mas não me queria com alguém, então mandei ele escolher, e ele disse que queria eu, larguei o carinha sem pensar duas vezes, nós primeiros meses foi tudo tranquilo, a tal fidelidade sabe? Mas o tempo foi passando, eu passava e ouvia piada daqui, piada dali, por muitas vezes sai na mão com diversas meninas daqui, então nos separamos eu não precisava disso.

Aos 25 ele foi preso e meu mundo caiu, eu o amava muito então lá foi eu pra porta de cadeia, e foi ali que ele viu que todas as amantes dele, só queria tá com ele na curtição, o tempo passou e ele fugiu, e me pediu perdão por tudo e desde então estamos na paz, temos nossos problemas, as vezes ouço fofoquinhas, mas hoje eu sou a padroa e não uma menina ingênua.

Hoje com 43 anos sou feliz, perdi muita gente querida meus pais e minha sogra, mas ganhei uma amizade pra vida que é a Cláudia mãe do Neguin meu afilhado, tenho dois filhos do coração que é o KL e a Beatriz, filho do meu compadre, que foi preso no lugar do Ivan, o Nathan é minha vida inteira sou apaixonada pelo meu filho.

Era domingo e tínhamos o costume de almoçar todo mundo aqui em casa, e já tava aquela loucura toda.

Alemão: oh coroa tô indo ali embaixo por que o coroa tá chamando, logo eu volto - fiz que sim e ele beijou minha bochecha, e saiu.

Beatriz: preciso falar com você Alemão não demora, bença tia - ela me beijou e sentou na cadeira ali .

Marcela : Deus te abençoe maravilhosa da tia, curtiu o baile ontem ein? Eu vi viu - ela gargalhou e começou a cortar cebola.

Beatriz : tia do céu eu tô ficando com um boy babado, gato demais pô - olhei pra ela e gargalhei, ela me lembrava eu .

Marcela : eu vi lá do camarote, gatinho mas não é daqui não, é do asfalto? E o KL não implicou? - ela continuou falando enquanto eu colocava a carne no forno.

Beatriz : é do asfalto, estamos ficando tem uns bailes já, mas ontem foi babado e confusão, fomos pro carro dele e foi mão naquilo aquilo na mão - olhei pra ela e franzi os olhos.

Marcela : Beatriz juízo ein, seu pai te mata e seu padrinho também, eu nem conto o KL, se tu aparecer grávida pô, usa camisinha, usando aí eu apoio - ela continuou falando, ela se abria muito comigo, não tinha muitas amigas aqui, o pai dela deixou ela muito tempo em SP.

Ficamos conversando um tempão, até chegar Cláudia, Ivan, Nathan, Neguin e KL.

DO MORRO PRA VIDA - Livro 1 Onde histórias criam vida. Descubra agora