Epilogo

1.8K 90 2
                                    

7 anos atrás...


"Rose,finalmente você chegou sua mãe está aqui." Dah a governanta da casa disse assim que a recebeu na porta.Seus olhos miraram qualquer coisa menos a jovem tailandesa.

Rose arregalou os olhos castanhos escuros com
a surpresa. Abriu a boca e fechou, mas acabou
franzindo o cenho em uma nítida confusão.

"Como assim, Dah? O que ela está fazendo
aqui?"

"Rose, venha aqui, querida. Tenho uma coisa
para te contar". Escutou sua mãe em um tom
forte.

A jovem australiana se aproximou da sala de
estar, e visualizou a Sra park sentada com
as pernas cruzadas de maneira sofistica em um
sofá de couro bege, com a cabeça apoiada nas
mãos, mirando seus sapatos nude de bico fino.
Seguiu em frente cruzando o enorme vão que
separava os cômodos, percorrendo os olhos curiosos pelo ambiente

Jongin tinha seu corpo de porte alto virado para
uma das janelas e, quando percebeu a presença
de Rose, a encarou por cima dos ombros largos e
abriu um sorriso triste.

Ele possuía o sorriso mais amável que ela já
tinha visto; era capaz de iluminar a sala apenas
com ele. E Rose o amava tanto, que não
conseguia gostar menos dele, mesmo que o
adolescente de 15 anos morasse distante e o
visse apenas em datas importantes e no verão.
A confusão nela ficou ainda mais evidente, pois
havia acabado de voltar das férias na Korea.
Quando Rose se aproximou, notou que sua mãe
agora estava segurando um porta-retrato
antigo.

"Venha aqui, minha querida. Sente ao meu
lado" Disse, fazendo sinal para ela ir onde
estava, colocando o objeto sobre o móvel do
lado.

A jovem australiana ainda tinha seu cenho
franzido. Aquilo tudo era um no mínimo
estranho. Deixou sua mochila que levava para
as aulas de dança no chão e se sentou ao lado da
mulher que não aparentava estar na casa dos
quase 40 anos.

A falta dela era absurda, mas quando seus pais
se separaram, Rose preferiu ficar com seu pai na
Australia. Era um tanto mais apegada a ele e a
mudança de um país para o outro seria radical
pela pouca idade. Então Chitthip preferiu deixá-
la em um ambiente mais familiar, no entanto,
como não resistiria ficar sem os dois, levou o
Kai.

Sua fragrância doce e cara não passaram
despercebidas por ela. Rose não podia conviver,
mas era tão sua mãe aquele cheiro, distinguiria
em qualquer lugar.

Seu rosto bonito denunciava um choro recente,
os olhos castanhos claro estavam borrados pela
forte maquiagem, e podia ver a vermelhidão
neles. Mas o que mais assustou Rose foi que eles
pareciam um tanto perdidos.

"Mãe, o que está acontecendo... por que a
senhora está aqui?" Rose disse sentindo as mãos
geladas dela tocar em seus braços.

A sala estava bem silenciosa; o único som era o
tique-taque alto do relógio de pêndulo, e, de
repente, a casa parecia apagada e triste. Sentiu
um choro discreto da governanta, encostada no
vão da divisória. A mulher de meia idade era
também sua babá e seu rosto se contraiu em
uma careta.

Olhou para o ponteiro grande do relógio e viu que o ponteiro grande estava no doze;o ponteiro pequeno estava no onze. Seu pai chegaria logo, ele sempre fazia questão de almoçar com ela.

A bem-sucedida empresária respirou fundo, e
água começou a escorrer de seus olhos. Ela
puxou Rose e a apertou junto ao peito, quase
deixando seus óculos caírem do nariz, ela de
repente se afastou e se ajoelhou. Seus olhos
tristes agora estavam na altura dos de Lisa.

"Filha, preciso contar uma coisa que vai te
deixar muito triste. Você está entendendo?"
disse ela com a voz trêmula.

"M-Mãe!" Seu tom saiu em uma súplica,
enquanto desviava seus olhos entre o garoto
bonito e a mulher diante dela. "O que está
acontecendo... É sobre o papai?" Questionou
começando a sentir uma agitação estranha na
barriga pelo jeito peculiar com que ambos
olhavam para seu rosto.

Ela fez que sim com a cabeça, e seus lábios
tremeram.

"Rose,houve um acidente de trânsito
envolvendo o carro do seu pai..." Chitthip não
conseguiu completar a frase e a abraçou,
enfiando o nariz em seus lisos e longos cabelos
castanhos escuros.

Rose não sabia exatamente o porquê, mas suas lágrimas começaram a descer com itensidade por trás dos seus óculos de grau

Sra park fechou os olhos e acrescentou:
"Hoje seu pai morreu, querida. Ele foi para o
céu e não vai mais voltar"

Seus lábios começaram a tremer, sentiu seus
olhos ardendo por causa do choro e alguma
coisa dentro dela se espremia com força. Era
uma sensação pesada, e se espalhou no seu
peito. A impressão que tinha era de que não
conseguiria respirar.

"Eu perdi o meu pai? Como assim mãe? Ele não
vai mais voltar?!" Seus olhos se apertavam com
força, deixando escapar mais lagrimas, o que a
fez retirar o óculos para conseguir limpá-las
com as costas das mãos pequenas.

"Estou com medo!" Sua voz saiu em um filete.
Mas um grito alto escapou da sua garganta.
"Eu não quero ficar sozinha!"

Foi então que sentiu braços longos a
entrelaçarem mais forte, e sentiu o corpo do
irmão nas suas costas.

"Pirralha, você não está só, você vai morar com a gente agora"


Referências, Sweet home - Tillie Cole





Nota

Essa fic é totalmente uma adaptação da autora @bpirro ok?

-os personagens não condiz com a realidade

-os títulos são da malu

Polaroid effect-chaennie Onde histórias criam vida. Descubra agora