Extra: capitulo 31

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Paris, França.

5 anos depois...

As ruelas em paralelepípedo da capital francesa estavam estranhamente silenciosas naquela noite, ainda mais quando se tratava do início da semana de moda.

Dentro do quarto luxuoso da nova propriedade da sua mãe, Jennie admirava o rosto da sua ex-namorada estampada na capa da nova edição da Rolling Stone.

"A sensação do K-pop, Roseanne park!" leu em voz alta e soltou um sorriso pequeno. Apesar da tristeza dentro dela, ela também sentia muito orgulhosa.
Era sempre meio dolorido ficar sabendo sobre a vida de rose. Mesmo depois de anos, os sentimentos pela talentosa tailandesa ainda permaneciam intactos. Durante todo esse tempo, ver rose nas propagandas, rede sociais e revistas era o mais perto que conseguia chegar da sua ex-namorada. A relação com park, por mais carinho que houvesse, era mínima e restrita ao trabalho. Mas na verdade, Jennie preferia evitar o contato, só que uma vez ou outra, era inevitável não saber sobre a vida da australiana.

De fato,Roseanne havia virado uma superstar.

As passarelas ficaram um tanto pequenas para o talento dela. Logo Rose foi descoberta pela YG Entertainment. Com o fim de contrato, assinou com uma pequena gravadora americana e foi morar nos Estados Unidos com seu irmão. Em menos de 2 anos já era uma cantora solista mundialmente conhecida por sua capacidade de fazer música.

"Rose é uma grande referência para os jovens... se assumiu lésbica desde o início da sua carreira..."
Jennie folheou a revista por cima, lendo alguns trechos destacados e depois largou na mesinha de centro. Se levantou do pequeno sofá, virando o resto do conteúdo escuro da sua taça. Ainda estava reflexiva, havia acabado de desligar a chamada de vídeo com sua terapeuta e definitivamente a matéria da revista não iria ajudar no seu processo.

Era complicado entrar no tópico Roseanne park e os motivos que levaram o fim do seu relacionamento nas suas consultas.
Quem conhecia o relacionamento das duas de perto, sabia que estava fadado ao fracasso. Naquela época, ela era muito ciumenta, principalmente possessiva. Não conseguia lidar com todo aquele sentimento, era tão intenso que chagava ao ponto de privar e sufocar. Mas apesar de tudo, a editora possuía ciência que o fim não tinha sido por falta de amor.
Jennie aprendeu da pior forma que só amor em um relacionamento não era o suficiente. Realmente! Existiam diversas outras coisas e exatamente por elas, a redatora evitava o assunto, embora, esporadicamente o tema inevitavelmente vinha à tona.

Ainda existia muitas questões pessoais dentro dela mal resolvidas, como os problemas com sua a mãe, a relação com o pai e a recente separação deles.
No entanto, segundo Jessie, sua gentil e adorável psicóloga, aos poucos estava evoluindo. Jennie sabia que o tratamento era a longo prazo. O importante era que ela se sentia disposta e entendia que era deveras necessário.

Decidindo esquecer por alguns segundos seus problemas, resolveu tomar um banho para se recompor, no outro dia teria o primeiro desfile que abriria a semana de moda em Paris. Não seria o da Chanel, seu preferido, mas como redatora chefe da Vogue Korea todos eram relevantes.
Estava bem perto do Natal agora.
Era um dia bem gélido em Seoul, embora totalmente condicente com a estação do ano. Jennie admirava as ruas caprichosamente iluminadas e enfeitadas para o fim de ano do bairro nobre de Cheongdam através do banco de trás da sua Mercedes.

Era quinta vez que ela olhava o relógio de pulso - que marcavam nove horas e soltava um suspiro longo, encontrava-se muito atrasada para a confraternização com suas velhas e melhores amigas.

"Desculpa, senhorita Jennie. Está tudo parado hoje." Justificou o seu motorista de longas datas reparando na editora pelo pequeno retrovisor no meio do carro. "Mas aposto que elas vão entender." Acrescentou gentilmente.
Jennie sorriu para ele minimamente e voltou a encarar as ruas lá fora.

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