Capitulo 24- aquele das açoes quentes com requintes de crueldade

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Na sexta, Rose acordou tarde.

Além de ter ido dormir de madrugada, estava praticamente de férias. Ainda esperava os resultados de algumas notas, mas a tailandesa possuía ciência do seu ótimo desempenho nas avaliações, incluindo a matéria da Miranda.

Então meio que podia se dar o luxo de ficar na cama e enrolar o máximo possível o acordar.

Com os movimentos contidos e preguiçosos, acomodou as costas na cabeceira da cama. Procurou os óculos de grau ao lado no criado mudo junto ao seu celular. Depois de checar suas redes sociais, finalmente decidiu se levantar.

Sem pressa, tratou de fazer sua higiene matinal e tomar banho. Pretendia passar o resto do dia em casa, e a tarde, depois do ensaio, sairia com suas amigas – haviam combinado de ir ao shopping comprar algumas coisas para a viagem a Jeju.

Mas antes que desse meio dia, escutou batidas na porta e viu Dah abrir e entrar – assim que recebeu sua permissão.

"Magrela, sua mãe está chamando na sala."

A afirmação fez sua testa enrugar e girou a cadeira soltando algumas polaroids na sua bancada, e estreitou os olhos redondos na direção da governanta parada diante da porta, estranhando aquele convite.

"Aconteceu alguma coisa?" Ela perguntou aquilo, mas tinha uma ideia do que sua mãe queria conversar, por essa razão, sentiu seu estômago embrulhando. 

Por mais que a empresária bem-sucedida passasse mais tempo fora do que dentro de casa, isso não significava que ela era alheia aos assuntos da família, principalmente quando envolvia seus filhos. Além de quê... Rose tinha certeza que Dah passava a fita de tudo o que acontecia.

E não era de hoje que roseanne e Jongin pareciam... diferentes. Esquivando da presença um do outro e evitando conversar. Era fácil perceber que existia alguma coisa errada só levando em consideração o silêncio tenso que vinha predominando o almoço. 

Rose sabia que a mãe poderia entender seus motivos... mas não era por isso que se sentia ansiosa exatamente... e sim porque nem sabia direito por onde começar sem decepcioná-la.

Como ela diria para a mãe que estava com a ex namorada do irmão? E que Jennie havia o usado da maneira mais escrota possível para apenas provocá-la e chamar atenção? E claro! O pior! Que tudo isso havia funcionando de uma certa forma?!

"Ela quer conversa com você e seu irmão." O semblante da governanta era indecifrável, não dando nenhuma pista do que se tratava, deixando Roseanne ainda mais desorientada, e, antes de deixar o cômodo, acrescentou: "Não demore."

Rose desceu pelas escadas sentindo seus cabelos úmidos roçarem na pele alva dos seus ombros nus, por conta da regata branca. Atravessou o corredor e o peso do mormaço – trazido pelas portas que davam ao terraço atingiu seu corpo em cheio.

Havia acabado de tomar banho, mas já desejava outro.

Estava, insuportavelmente, quente!

Rose foi encontrá-los sentados, quase de frente um para outro na sala de TV. A australiana mais nova mordeu o lábio por um momento, observando atentamente o rosto do seu irmão.

Pela primeira vez na vida, não fazia ideia do que estava se passando na mente dele. Os olhos estavam encobertos por uma sombra, sua expressão estava neutra e sua postura permanecia calma. De uma maneira quase... assustadora.

Por outro lado, Rose não conseguia ver a expressão da mulher de meia idade. A empresária estava com roupas formais e os sapatos alto de bico fino, sentada com as pernas cruzadas elegantemente, no centro do sofá em formato de L, quase de perfil para ela.

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