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As ligações se parecem tão inusitadas naquele dia,naquela manhã de terça feira tudo parecia virar de cabeça para baixo.

O peito de Jade batia rapidamente, após notar o nome no visor do celular,a respiração ofegante e as lágrimas brotando em seu rosto.

Os sentimentos a mil depois da discussão com Lauren,e com o pequeno desentendimento de Axel com ela.

Jeed a ligava fazia duas horas seguidas, a insistência a assustava. De repente a vontade de acender um cigarro novamente retornou,mas não iria fazer.

O motivo do desentendimento com Axel havia sido isso,o uso do cigarro. O menino tinha notado o cheiro do cigarro na roupa de Jade,segundo ele o cheiro de cigarro não parecia nada com o cheiro de Jade.

O menino dizia que Jade cheirava a baunilha,ele tinha costume de deitar no colo de Jade e adormecer escondido em seu pescoço.

Ela pegou o celular cansada da insistência de Jeed e ainda sim com medo,medo de não saber o que estava prestes a acontecer.

- Jade? Podemos conversar? - Ele perguntou do outro lado da linha.

- Bom...Eu acho que lhe atendi para isso. - A voz de Jade soou cortante. - Vai logo,Eu tô sem paciência alguma pra isso.

- Eu só vim dizer que estarei mandando o dinheiro logo.

- Eu não quero seu dinheiro sujo! - Ela gritou.

- Não é sujo,eu parei com isso. Já não estou andando com.... - O nome da mulher parecia não querer sai da boca do mesmo,ele não precisou completar. Jade sabia quem ele queria dizer. - Eu recebi uma herança de um dos meus tios,eu era seu sobrinho favorito....

- Eu não quero seu dinheiro...

- Você pode me prender e pegar meu dinheiro,eu só quero seu perdão. Eu estou indo para Cuba,cuidar de meu filho e minha esposa. - Ele resmungou rapidamente.

- Está perdoado, não precisa me pagar. Vá para Cuba e não me incomode mais.

Ela desligou,e quando bloqueou a tela a notificação do aplicativo do banco apareceu,os reais que haviam sido roubados tinham retornado a conta.

Ela se sentou no chão,os joelhos contra sua cabeça e suas lágrimas descendo pelo seu rosto.

Coberta pelo ódio e a decepção,chorando por todas as coisas que lhe incomodam.

[...]

As ligações não eram apenas na casa de Jade,agora Perrie segurava o telefone tentando criar coragem para ligar para sua prima.

Axel dormia em seu quarto,a loira havia tirado o dia para cuidar de seu filho e tentar se aproximar do mesmo, estranhamente ela conseguiu. O menino deixou ela passar o dia com ele,e por incrível que pareça se divertiram.

Ela não sabia se isso era por conta de Jade e Axel ter uma desavença.

Sem mais nem menos ela,a loira discou o número e logo começou a tocar,a primeira caiu na caixa postal. Determinada a conseguir falar com a prima,continuou a ligar e na segunda tentativa,foi atendida.

- Alô? Ellie Hemmigs falando,o que gostaria? - A mulher falou do outro lado da linha.

- Ellie... quanto tempo não escuto sua voz. - Ouve um grande suspiro,o choque e a surpresa era visíveis. - Sou eu... sua prima Perrie.

- Oh meu deus, Edwards. Eu irei te matar quando te encontrar,irei te matar. Eu não consigo acreditar!!! - Ellie gritava do outro lado da linha, Perrie torcia para que sua prima não estivesse perto de alguém familiar.

Axel - JerrieOnde histórias criam vida. Descubra agora