Capítulo II

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- Uau, que casarão! - Seulgi estava encantada com a casa de Joohyun. - Você mora aqui sozinha? Cadê seus pais?

- Meu pai morreu quando eu tinha dez anos e minha mãe ano passado. Então sim, eu moro sozinha.

- Me desculpe, eu não-

Antes de qualquer outra palavra, Joohyun interferiu.

- Tudo bem, não tem problema. - A Bae sorriu para Seulgi.

Seulgi constatou uma coisa aquela noite: Joohyun era incrivelmente forte.

Fazia uma semana desde que elas resolveram se relaciona e Seulgi sabia bastante coisas sobre a mais velha, e como uma jovem que fala demasiadamente sobre si, Seulgi também revelou muita coisa de sua vida. Então Joohyun já sabia que a garota viveu em um orfanato durante grande parte de sua vida e tem uma lembrança vaga sobre seus pais, mas Joohyun não havia contado que era uma órfã também.

Seulgi observava os portas retrato sobre uma mesinha no corredor quando se deparou com uma imagem interessante.

Joohyun quando criança era muito parecida com uma amiga sua, mas não passou pela sua cabeça que ela era a garotinha que Seulgi tinha como melhor amiga há alguns anos atrás, até que a Kang focou no rosto da criança que estava ao lado da pequena Joohyun.

Bae Joohyun! Ela constatou. Como não percebeu antes? Seulgi não se lembrava do nome da garota, mas tinha certeza que o sobrenome era Bae. Bae Joohyun! Sua amiga de infância. Aquela que foi separada de si quando ela teve que começar a viver em um orfanato. Ela sempre achou que Joohyun não gostava mais dela e por isso nunca foi visitá-la, mas se Joohyun não gostava mais dela porque tinha aquela foto então?

- Se divertindo vendo minhas fotos de criança? - Joohyun apareceu forçando Seulgi a sair de seu leve surto mental.

- Sua irmã? - Perguntou a primeira coisa que veio a mente quando pegou o porta retrato e apontou para a garotinha ao lado da Bae.

- Era minha amiga, nós crescemos juntas, mas ouve um acidente e nunca mais nos vimos. Eu não sei o que aconteceu muito bem, mas ela provavelmente deve ter sido mandada pra algum orfanato e alguém a adotou.

Não era tão fácil assim, nem todas as crianças que moram em um orfanato são adotadas, às vezes elas nem tem pra onde ir quando saem de lá. Se Seungwan não ajudasse Seulgi, ela provavelmente estaria perdida agora.

- Você sabe que não é tão fácil assim né? Falando por mim, nem todas as crianças são adotadas.

- Eu sei, mas eu prefiro acreditar que ela está tendo uma boa vida agora.

- E eu? Acha que eu estou tendo uma boa vida?

- Você tem um suporte, uma pessoa que se preocupa com você e te ajuda. - Joohyun também sabia de Seungwan. - Uma ótima namorada. - Sorriu falando de si mesmo. - E uma casa.

Quando visitou Seulgi e viu o lugar que ela morava, Joohyun decidiu que adicionaria ao acordo que elas morassem juntas. A Bae tinha uma boa condição financeira graças a seus pais, e não faria sentido que ela morasse em uma casa tão grande sozinha Enquanto Seulgi morava em um quartinho minúsculo que mal cabia uma cama e um armário no mesmo cômodo.

Joohyun ofereceu moradia e uma alimentação saudável para a Kang, como um acréscimo de sua 'gentileza'. Afinal de contas não era um perigo apenas para a Bae. Joohyun poderia ser uma louca psicopata e Seulgi poderia estar sendo insana em aceitar a proposta de uma desconhecida.

Mas não foi o que aconteceu, ambas garotas acreditavam uma na outra, como se uma estivesse conectada a outra. E Seulgi acreditava muito mais agora que sabia sobre Joohyun ser a mesma criança que cresceu com ela.

Purple Line - SeulreneOnde histórias criam vida. Descubra agora