Capítulo XIII

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- Seulgi, que ótimo te ver aqui sozinha. - Sooyoung se aconchega na cadeira ao lado da Kang. - Não sei mais de você agora que me trocou pela Irene.

O sorriso implicante crescia no rosto da Park.

- Aliás.. - Sooyoung tira de seu bolso traseiro uma folha, desdobrando o papel e o expondo sobre a mesa. - Qual das maravilhosas frases ditas por você sobre nunca se envolver com Irene você quer que eu jogue na sua cara hoje.

Seulgi revira os olhos e bebe mais um gole de seu café, encarando a rua agora.

- Devo dizer que "Prefiro virar hetero a me envolver com a Irene" é a minha favorita. - A Park não tira o sorriso do rosto.

Percebendo que ignorar não vai fazer Sooyoung parar, ela tenta outra alternativa.

- Ok, você venceu. Eu estava mentindo esse tempo todo. - Seulgi olha amiga de volta. - Feliz?

- Eu sempre venço. Eu sempre estou certa. - E se Seulgi achava que dizendo o que era óbvio iria fazer sua amiga parar, ela estava terrivelmente enganada.

- Você provavelmente nunca sente frio, porque sempre está coberta de razão. - A Kang se levanta e joga fora o copo de isopor que antes continha se café espresso.

- E você ai dizendo que eu não usava casaco por ter fogo demais. - A maior segue sua amiga que agora começa a caminhar, voltando ao trabalho. - Que bom que entende o motivo agora.

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- Não seja tão pessimista. - Seulgi pôs uma mecha de cabelo atrás da orelha da mais velha. Estava ventando muito e o vento estava atrapalhando a visão de Seulgi. - Você vai primeiro e vai me esperar, e quando eu for, eu vou dar um jeito de encontrar você.

- E se a gente escrevesse nossos nomes nessa árvore? Quando voltarmos aqui vamos estar nos deparando com nossos nomes escrito por nós mesmo que vivendo uma vida diferente. - Joohyun não era o tipo de pessoa tão crédula assim, mas valia apena acreditar que ela poderia ter a chance de ver Seulgi outra vez.

- Mas não temos como escrever. - A kang tinha achado uma ótima idéia, mas quando percebeu que não tinham ferramentas seu rosto formou um bico fofo.

- Eu tenho um canivete. - Joohyun veio com a solução.

Seulgi viu a garota caminhar até o carro e voltar com o objetivo nas mãos. A planta era pequena ainda e certamente ela cresceria sem a marca que fariam então Seulgi teve a idéia de plantar Cactos em volta da árvore. Aquele era o jeito de Seulgi marcar aquela árvore para que a reconhecessem.

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Joohyun passou os olhos pelo seu quarto escuro e verificou o celular só pra constar a hora. 04:20.

A Bae voltou a encarar o teto e suspirou. Não era a primeira vez que havia tido aquele sonho, mas era a primeira vez que o sonho estava completo, antes ele não mostrava quem era a garota e nem os nomes escritos na árvore.

Joohyun sabia exatamente onde era aquele lugar e uma idéia de visitá-lo começou a pairar por sua mente.

E se aquela árvore realmente existisse teria uma chance de encontrar seu nome e o de Seulgi nela?

Aquela senhora estaria certa quando disse que Seulgi era sua alma gêmea?

04:50

05:10

05:40

As horas passavam e Joohyun não conseguia nem pegar no sono e nem se levantar. Encarava o teto, deitada imóvel tentando assimilar tudo o que estava acontecendo desde que aquela maldita mulher veio com aquela história de predestinação, que aliás nem era uma coisa que Joohyun acreditava.

Purple Line - SeulreneOnde histórias criam vida. Descubra agora