Abraço

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Um abraço,
Que ressoe para a eternidade.
Pergunto se erro crasso...
Sei que me vai magoar a saudade.

Esse cheiro
Dos teus cabelos, muito logrei.
Em mim é prisioneiro,
Ou eu em mim, mesmo enquanto rei.

Rudes lágrimas,
Que me atraiçoam e te confundem,
Caem porque são dádivas
Do medo e pena que em mim difundem.

O calor,
Ai, oh ferveroso calor teu!
Inquere-me, se amor...
Não era, então tragédia se deu.

Te encontrei,
Para nunca te voltar a ver.
Então choro e chorei...
Questiono, poderíamos ser?

Mas quitei,
Por me perguntar essa pergunta,
Tanta vez que nem sei...
Era muita dúvida conjunta.

Foi da Culpa...
Da que senti, no meu duvidar.
Por favor me desculpa
Este meu jovem mau vacilar.

Sei que o tempo
Roda apenas numa direção,
Não me vale lamento,
Canto em poesia, pedir perdão.

E recordo,
Esse nosso último belo abraço.
Da fantasia acordo.
Acabar... Terá sido erro crasso?

Do Livro Do PoemaOnde histórias criam vida. Descubra agora