A vontade do Conforto

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Quero morrer lá bem dentro do sono,
Porque tudo me confunde, má proeza.
Cansa, mesmo se a levo com leveza,
A vida, se me deixa ao abandono.

E é no abandono a duvida, maldade.
Vai, põe onde não havia pergunta.
E a cabeça que em azul se bezunta,
Mente e me bota uma falsa saudade.

Gostava poder controlar tud'isto,
Co'o Sol, no anuário de papa benzido,
E poder controlar desejo meu.

Co'o procuro largar desejo misto...
Deixar, "poderia ter sucedido"
Grato apenas pelo que sucedeceu.

Do Livro Do PoemaOnde histórias criam vida. Descubra agora