7: Capítulo Sete

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Era impossível viver perto da Marina e levar a vida numa boa, sério mesmo

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Era impossível viver perto da Marina e levar a vida numa boa, sério mesmo. A mina é linda. Parece uma boneca, que saiu de algum filme ou sei lá.

- Tu parece um idiota perto da Marina. - Gabriel chegou zoando do meu lado.

- Paliaço. - O empurrei de leve e ri.

- E to mentindo? Cheio das bochechas vermelhas, olharzinho pro chão. Te conheço, uruguaio.

- Yo tenho culpa? Marina es muy hermosa, agradable, linda.

Gabriel caiu na gargalhada. Rindo mesmo. Alto. O olhei completamente confuso.

- Se apaixonou sem nem beijar a garota, moleque.

- Y por qué tu estás zombando de mí? No deixa de perseguir a tu ex.

- Tocou na ferida, po. Na ferida. - Ele riu e foi em direção ao bar.

Fiz o mesmo. Não queria passar a noite inteira sem falar com a Marina, mas eu definitivamente preciso de uma dose de coragem antes de tomar qualquer atitude.

- Una dose de tequila, por favor.

O garçom prontamente atendeu e eu virei o shot, sentindo a queimação na garganta. Beleza.

- Estan disfrutando?

- Sim! Eu amo esse lugar. - Marina sorriu pra mim.

- Tu além de carioca, agora parece paulista. - Vanessa me disse, o que me fez rir.

- É o uruguaio mais querido do Brasil.

Por algum motivo ouvir aquela frase da boca da Marina me fez sorrir.

- Ae, posso falar contigo, Marina?

Olhei pro lado e encarei a figura em pé. Raphael Veiga. Marina olhou pra ele com descaso, mas ao mesmo tempo com tristeza.

- Não tenho nada pra falar com você.

- Qual é, Marina. Para de se fazer de difícil. - Ele a puxava pelo braço.

Completamente bêbado. Era perceptível o imenso desequilíbrio do corpo dele e o cheiro de cachaça.

- Ela falou que não quer nada com você, babaca. - Vanessa se meteu no meio e Veiga a olhou, rindo. - Tá rindo de que?

- Você, sempre achando que pode se meter nos assuntos dos outros.

- Desde quando você virou tão babaca, Raphael? - Marina o perguntou, um pouco de tristeza carregada na voz.

- Marina, vamos conversar, por favor.

Ela segurou a mão da Vanessa e assentiu pra ela, como se dissesse: "vai ficar tudo bem". Ela passou por mim e não falou nada, o que me deixou chateado. Não que ela me devesse satisfações, mas... sei lá. Eu que sou idiota.

D R E A M | De ArrascaetaOnde histórias criam vida. Descubra agora