35: Capítulo Trinta e Cinco

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18 de Dezembro de 2022Copa do Mundo - Lusail Stadium

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18 de Dezembro de 2022
Copa do Mundo - Lusail Stadium

Hoje era dia de final. Eu, Vanessa e Giorgian estávamos sentados na arquibancada do estádio, apreensivos.

O Uruguai foi eliminado nas quartas de final, Giorgian ficou péssimo, mas já passou. E hoje, ele estava me acompanhando da melhor forma e torcendo pelo Brasil.

Brasil x Argentina.

Eu estava nervosa e esfregando as mãos o tempo inteiro. Eu sabia que era um jogo difícil e ambas as equipes tinham muita qualidade. Muita mesmo.

Giorgian passou o braço ao redor do meu ombro e me puxou pra si, depositando um beijo na minha testa.

- Todo va a estar bien, si?

- Aham. Vai sim.

Apertei a mão dele quando o juiz apitou o início do jogo. Não soltei um segundo. Os comentários e xingamentos saiam da minha boca sem filtros e a Vanessa não estava diferente.

Bufei quando o primeiro acabou e olhei para o placar no telão: 1x1. Um gol do Neymar e um gol do Messi. Engraçado, até.

- Ven, vamos a comer algo.

- Não sei se quero comer, tô sem fome.

- Ten que comer, princessa.

- Vamos, vamos.

Levantei e fui até a bancada da lanchonete. E cara, te falar? As comidas do Qatar eram muito esquisitas. O cheiro de algumas chega a me enjoar, sério mesmo.

- Que quieres?

- Não tem uma coxinha? Hambúrguer? Algo normal? - Choraminguei.

- Acho que no. - Ele riu de mim, analisando as opções no cardápio.

- Acho que vou pedir um pão mesmo e depois a gente almoça direitinho quando voltar pro hotel.

- Si, voy pegar pão también.

Assenti e fomos até a bancada. Encontrei a Vanessa por ali também.

- Achei que você tinha infartado, já.

- Que nada, gatinha. Fui no banheiro e vim pegar comida aqui.

- O que tá achando do jogo?

- Pegado, né? Mas vamos vencer, se Deus quiser.

Assenti e pedimos nossos lanches a moça do balcão. Não demorou pra ficarem prontos e voltamos pra arquibancada com eles, correndo contra o tempo pra terminar antes do jogo começar.

Eu estava achando tão bonitinho o Giorgian de mão dada comigo durante todo o jogo. Ele sabia que eu estava nervosa e segurava e acariciava minha mão o tempo inteiro, e eu sentia aquela garantia de que sim, ia dar tudo certo.

D R E A M | De ArrascaetaOnde histórias criam vida. Descubra agora