24: Capítulo Vinte e Quatro

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06 de Junho de 2022

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06 de Junho de 2022

Eu já não aguentava mais pensar no pedido de namoro da Marina.

Passamos os últimos dias inteiros visitando alguns pontos turisticos nos Estados Unidos, enquanto eu me envolvia em um trabalho intenso de fisioterapia pra dar uma recuperada no tornozelo e no desgaste muscular que sentia.

A Marina estava sendo tudo pra mim. Definitivamente tudo. Ela cuidava de mim de uma forma linda, colocava gelo, me ajudava a massagear, eu estava me apaixonando por ela todos os dias. E não queria que ninguém estragasse isso.

A Seleção havia vencido no jogo contra o México, e empatado contra os Estados Unidos. A expectativa do meu retorno seria no último jogo, dia 11/06, contra o Panamá.

Hoje, estávamos finalmente indo pro Uruguai. Fui liberado pra fazer fisioterapia em casa por dois dias e seguir pra Montevideo no dia 08/06, três dias antes do jogo.

E levei a Marina comigo. Ela parecia nervosa, mordia os lábios o tempo inteiro, arrancando aquelas pelinhas e deixando leves manchas de sangue em seu lábio.

Estávamos no aeroporto esperando pelo avião. Dessa vez, consegui que ela fosse no voo com a gente, já que era um voo privado e sobravam lugares demais.

O voo era longo pra caramba. Iríamos embarcar exatamente 05:45 da manhã, o voo estava previsto para 06:05, e a chegada, para 19:30.

13 horas e 25 minutos de voo.

- O embarque está autorizado. - O funcionário do aeroporto disse e sorriu pra nós.

Marina bocejou e levantou a cabeça do meu ombro, pegando sua mala e bolsa.

- Vai ficar todo bien, ta? - Falei, a abraçando. - Voy a pasar todo el voo con você.

- Obrigada. - Ela deu um sorriso fraco. - Quando a gente chegar lá, a gente vai pra sua casa?

- Si. Son duas horas de Montevideo.

- Ah, tá bom. - Ela desviou o olhar e caminhou ao meu lado.

Algo não estava certo e eu sabia disso. Marina é uma garota extremamente insegura e eu não queria aguçar isso nela. Esperei entrarmos no avião pra termos uma conversa decente.

Ajeitamos as malas na parte superior das poltronas e eu puxei a Marina pra sentar lá atrás comigo. As poltronas não eram tão confortáveis quanto as do outro avião, mas dava pro gasto. Afinal, esse não foi eu que escolhi e paguei.

Não demoramos pra decolar. Em alguns minutos, estávamos na altitude correta e o aviso dos cintos foi desligado.

- Nina, podemos hablar?

- Sim... o que houve?

- Me pareces nerviosa. No estás pronta para conocer a mi familia?

Ela olhou pra mim, pra baixo, bufou. Levantou o braço que separava nossas poltronas e se encostou no meu braço.

D R E A M | De ArrascaetaOnde histórias criam vida. Descubra agora