Capítulo 9

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Voltando para o ninja copiador, o homem se encontrava péssimo. Depois de buscar mais informações sobre o seu aluno e descobrir que ele podia está em algum lugar na vila, pensou em voltar para a hospedagem e falar o que tinha descoberto para o Umino. Mas desistiu da ideia. Hoje em especial não era o melhor dia dele. Estava se comportando como um idiota com o mais novo. E ele sabia disso. Ele só queria ficar sozinho e esquecer o dia de hoje. E por isso, agiu mau com o Umino. E talvez, ele tenha descontado a sua irritação e estresse em alguém que não merecia. Por causa de problemas e lembranças do passado, magoou o menor.

Tinha que admitir que a forma a qual o menor o tratava agora era merecida. Estava arrependido de ter afastado o outro. O castanho sempre foi gentil e educado com ele, as vezes até o repreendia. Ele gostava da relação dos dois, mas seus sentimentos confusos e covardia não permitiam se aproximar, não como queria pelo menos.

Quem sabe se pedir desculpas não resolveria as coisas entre eles. Pensando em como fazer isso, o Hatake bebeu o último gole de licor, terminando a quinta garrafa de bebida. Tentando por suas emoções em ordem, lembrou-se de como se apegou tanto ao Umino. A princípio, ele se aproximou por curiosidade. Visto que, o seu aluno sempre fala tão bem dele que chegou a duvidar se era verdade.

Ele respeitava o homem por sua bondade em cuidar do loiro, mesmo que, tecnicamente, o demônio que vive dentro do Uzumaki tenho sido o responsável pela morte de seus pais.  Sinceramente, o Umino era muito gentil para seu próprio bem. Vendo como ele era, o Hatake começou a se incomodar com isso. O menor tinha uma estranha capacidade de fazer o Kakashi se sentir confuso. O sorriso dele o irritava, a beleza dele o deixava estranho. Era horrível! Mas o que o irritava de verdade não era isso. E sim o fato de não entender os sentimentos que essas atitudes causavam nele. As lembranças de como o Umino mais de uma vez o ajudou o deixavam com a sensação de ter borboletas no estômago.

Quando ele se machucou em missão e o Umino levou flores no hospital para ele, por exemplo. Ver aquela atitude o deixou quente por dentro, por algum motivo. Ou quando ele tinha acabado de voltar de uma missão na chuva, ele estava todo molhado, mas o menor não se importou. Ele pediu que o acompanhasse até a casa dele, era a mais perto, para poder se secar. O Umino tinha entregado uma toalha para ele e disse para tirar a máscara do rosto, pós estava molhada e ele podia pegar um resfriado. Ele tentou protestar, mas o olhar que o menor o lançou não permitia nenhuma reclamação.

Foi a primeira vez que ele o viu sem máscara. E surpreendentemente, o Umino não desmaiou como as outras pessoas que tinha visto seu rosto descoberto. Apenas corou e lhe ajudou a secar o cabelo. Foi assim que ele percebeu que seu coração batia mais rápido toda vez que o menor se aproximava. Pensando bem agora, ele sabia exatamente qual era o ‘problema’.

Agora, vendo o Umino vindo em sua direção, não pode deixar de sorrir. Nem percebeu que já era tarde da noite e, pela cara do outro, tinha demorado muito tempo. O álcool já havia feito o seu trabalho e ele estava totalmente bêbado. Cambaleando em direção ao mais novo, o abraçou. E pela reação de surpresa dele, não esperava tal ato do Hatake.

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Um pouco antes, assim que a noite caiu, o sensei Iruka voltou ao quarto na hospedagem. Não ficou surpreso por não encontrar o Hatake no quarto, aquele homem sempre estava atrasado. Ele se deitou na cama para esperar o atrasado chegar. Entretanto, as horas foram se passando e o outro homem ainda não tinha aparecido. Para ter certeza que o Hatake não havia se metido em nenhuma confusão, rastreou o chakra dele até um bar. Dando de cara com um Kakashi bêbedo. Fechou os olhos sentindo uma veia se formar na sua testa. “Então ele só queria beber!!” pensou. Assim que iria gritar–xingar– para chamar atenção do Hatake, dois braços fortes o rodearam. Abrindo os olhos, sentiu uma respiração no seu pescoço. Tentou empurrar o Hatake, mas o homem só o apertava mais. Percebendo que era uma batalha perdida, decidiu usar as palavras.

— Seu merd–. — Antes de terminar a frase, foi interrompido pelo outro homem.

— Desculpa. — Disse o Hatake meio arrastado por causa do álcool.

— Ãn? — O Umino achou que não tinha ouvido direito.

— Desculpa por ter sido um idiota.

Sorrindo, o Umino decidiu se aproveitar da situação. — Fala mais alto, porque eu não estou te escutando bem, Hatake.

O sensei do time 7 respirou fundo e gritou:

— ME DESCULPA! EU NÃO TE ACHO INCAPAZ, E NEM QUERIA TER TE SUBESTIMADO. NA VERDADE, VOCÊ É... Lindo.— Sussurrou a última parte com vergonha. Todos que estavam dentro do bar olharam a cena e suspiraram. Alguns até bateram palmas.

— Não sei...— Ele não deixaria ir tão fácil. Fingindo desinteresse, deu as costas para o Hatake.

— Eu gosto de você.— O Homem estava prestes a chorar. Os outros vendo a cena, começaram a torcer pelo Hatake.

O Iruka, se virou para o homem a sua frente com os olhos arregalados. Ele não esperava por isso. Sentindo seu rosto ficar vermelho, finalmente cedeu. Mais por pena do mais velho do que outra coisa.— Tudo bem eu te perdou. Agora sobre a outra parte, eu não posso te responder agora. — Feliz o Hatake tirou a máscara, fazendo com que algumas pessoas desmaiassem e, no meio dos aplausos do povo, pegou o Iruka no colo levando para um lugar mais sossegado.
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