Os seis adolescentes chegaram na sorveteria após pouquíssimos minutos de caminhada; o local estava pouco movimentado, tinha apenas um casal de idosos mais para o fundo e um homem totalmente sozinho na bancada. Erin e Arthur decidiram se sentar de frente a janela panorâmica, largando as bolsas ali e indo até o local de seleção onde um homem bastante alto usando uma touca de cozinha e exibindo o grosso bigode estava.
— Campeão! — O homem gritou animado quando Arthur se aproximou, parecendo feliz. — Como tá a Ivete?
— Boa tarde, Balu! Ela tá bem, vou avisar que você perguntou sobre ela. — O Cervero contou colocando as mãos em cima do balcão.
— Boa tarde, senhor Balu. — Joui se pronunciou tímido.
— Juí! — Balu disse parecendo animado com a presença do japonês, o Jouki já estava acostumado com a pronúncia errada do seu nome vinda do sorveteiro, então nem se importou em corrigi-lo. — Vejo que trouxeram novos rostos para minha humilde sorveteria.
— Boa tarde! — Erin exclamou se pondo a frente e estendendo a mão para um aperto. — Sou a Erin.
— Ah! Sei! A menina bombinha. Juí e o Campeão falam bastante de você. — Balu riu divertido apertando a mão de Erin e balançando de uma forma um pouco exagerada. — E você rabiscado?
Dante sorriu desajeitado com o apelido, desviando o olhar para os desenhos de canetinha em seus braços feitos por Beatrice que estava ansiosa.
— Me chamo Dante. — O loiro estendeu a mão igualmente a Erin e quase saiu do lugar quando Balu a balançou.
— Por último, mas não menos importante, e vocês pintinha e cabeludo? — Ele perguntou para Beatrice e César que riram achando graça.
— Beatrice. — A Portinari acenou sorrindo divertida.
— César. — Ele acenou igualmente, com medo de deslocar o braço com o aperto de mão.
— São uns fofos. — O sorveteiro assumiu animado sorrindo para eles. — Ok ok! O que vocês vão querer?
— Tem sorvete vegano, moço? — Erin perguntou olhando os sabores do freezer.
— Olha, nenhum deles tem carne, mocinha. — Balu respondeu sem entender direito do que ela estava falando.
Erin riu achando graça e desviou o olhar para a geladeira de picolés.
— Então pode ser um picolé de limão.
Balu rapidamente pegou o sorvete para ela, entregando por cima da bancada. Erin agradeceu animada voltando para a mesa na janela para não tumultuar a área.
— Vou querer uma casquinha de chiclete e morango, Balu.
— Saindo! — O mais alto constatou animado enquanto usava a colher para enrolar as bolas de sorvete e as colocar na casquinha, logo entregando para Arthur que fez igual a Erin. — Próximo.
Joui e Dante cruzaram olhares, mas o japonês fez uma cara feia e logo desviou o rosto, se colocando para frente. O Jouki pediu uma casquinha de flocos e quando a obteve agradeceu o sorveteiro e voltou para a mesa.
Dante engoliu em seco após o olhar de Joui e respirou fundo sem saber muito o que fazer. Depois que a bancada estava livre sorriu desengonçado para Balu e olhou os sabores.
— Uma casquinha de baunilha e pistache, por favor. — Ele pediu com a voz baixa e Balu assentiu animadamente.
— Pode deixar, rabiscado! — Exclamou alto o suficiente para o loiro se assustar.
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Ah, Meu Pobre Coração!
DiversosCésar sempre gostou de flores, sua mãe lhe ensinara o significado de cada flor e achava aquela linguagem encantadora. A propósito, o Cohen tinha de tudo para ter mais um dia normal na sua vida, ir para o colégio e depois jogar um pouco no computador...