Capítulo 7

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  Os seis adolescentes chegaram na sorveteria após pouquíssimos minutos de caminhada; o local estava pouco movimentado, tinha apenas um casal de idosos mais para o fundo e um homem totalmente sozinho na bancada. Erin e Arthur decidiram se sentar de frente a janela panorâmica, largando as bolsas ali e indo até o local de seleção onde um homem bastante alto usando uma touca de cozinha e exibindo o grosso bigode estava.

  — Campeão! — O homem gritou animado quando Arthur se aproximou, parecendo feliz. — Como tá a Ivete?

  — Boa tarde, Balu! Ela tá bem, vou avisar que você perguntou sobre ela. — O Cervero contou colocando as mãos em cima do balcão.

  — Boa tarde, senhor Balu. — Joui se pronunciou tímido.

  — Juí! — Balu disse parecendo animado com a presença do japonês, o Jouki já estava acostumado com a pronúncia errada do seu nome vinda do sorveteiro, então nem se importou em corrigi-lo. — Vejo que trouxeram novos rostos para minha humilde sorveteria.

  — Boa tarde! — Erin exclamou se pondo a frente e estendendo a mão para um aperto. — Sou a Erin.

  — Ah! Sei! A menina bombinha. Juí e o Campeão falam bastante de você. — Balu riu divertido apertando a mão de Erin e balançando de uma forma um pouco exagerada. — E você rabiscado?

  Dante sorriu desajeitado com o apelido, desviando o olhar para os desenhos de canetinha em seus braços feitos por Beatrice que estava ansiosa.

  — Me chamo Dante. — O loiro estendeu a mão igualmente a Erin e quase saiu do lugar quando Balu a balançou.

  — Por último, mas não menos importante, e vocês pintinha e cabeludo? — Ele perguntou para Beatrice e César que riram achando graça.

  — Beatrice. — A Portinari acenou sorrindo divertida.

  — César. — Ele acenou igualmente, com medo de deslocar o braço com o aperto de mão.

  — São uns fofos. — O sorveteiro assumiu animado sorrindo para eles. — Ok ok! O que vocês vão querer?

  — Tem sorvete vegano, moço? — Erin perguntou olhando os sabores do freezer.

  — Olha, nenhum deles tem carne, mocinha. — Balu respondeu sem entender direito do que ela estava falando.

  Erin riu achando graça e desviou o olhar para a geladeira de picolés.

  — Então pode ser um picolé de limão.

  Balu rapidamente pegou o sorvete para ela, entregando por cima da bancada. Erin agradeceu animada voltando para a mesa na janela para não tumultuar a área.

  — Vou querer uma casquinha de chiclete e morango, Balu.

  — Saindo! — O mais alto constatou animado enquanto usava a colher para enrolar as bolas de sorvete e as colocar na casquinha, logo entregando para Arthur que fez igual a Erin. — Próximo.

  Joui e Dante cruzaram olhares, mas o japonês fez uma cara feia e logo desviou o rosto, se colocando para frente. O Jouki pediu uma casquinha de flocos e quando a obteve agradeceu o sorveteiro e voltou para a mesa.

  Dante engoliu em seco após o olhar de Joui e respirou fundo sem saber muito o que fazer. Depois que a bancada estava livre sorriu desengonçado para Balu e olhou os sabores.

  — Uma casquinha de baunilha e pistache, por favor. — Ele pediu com a voz baixa e Balu assentiu animadamente.

  — Pode deixar, rabiscado! — Exclamou alto o suficiente para o loiro se assustar.

Ah, Meu Pobre Coração!Onde histórias criam vida. Descubra agora