Sobre a perfeição do Sol

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"O amor não leva tempo, e sim, honestidade."

Addison

Meredith me mostrou que as suas palavras voaram de sua boca sem ao menos perceber, então tentei trazê-la de volta ao mundo real, sobre os nossos corpos deitados na cama, em um protesto de tentar algo, mas isso não foi necessário de fato, acho que o seu raciocínio voltou depois de entender tais palavras, e isso a fez me puxar pela a gola do roupão, as bocas se colidindo em demonstração de entendimento sobre a malícia da noite, e se ela teria tal coisa.

Suas mãos eram pacientes em segurar o meu rosto, já as minhas insistentes em sua cintura, puxando o seu corpo, mas não o sentindo por conta dos grossos tecidos entre nós.

A girei na cama, me deitando sobre ela, minha boca aprendendo o caminho do seu pescoço, sem medo, e apenas com curiosidade, observando a forma da coloração vermelha, de como ela se espalhava quando uma sucção não muito forte era feita, apenas um roçar de dentes poderia deixá-la marcada, era incrível a sensação sobre os lábios, o macio, o perfume, tudo se resumindo nela.

Meus lábios eram persistentes, em todo o caminho, sentindo o seu carinho por meu couro cabeludo, sentindo os pelos subirem sobre a minha palma em sua coxa, a qual a fiz levantar, grudando em meu quadril.

Intitular, entender, compreender, eu não queria naquele segundo, eu não discutiria sobre nomeações sobre sentimentos recíprocos, eu apenas sentiria, apenas a sentiria, sem problemas, bloqueios, ou controle, não faria isso, eu apenas queria a sua pele grudada junto a minha, e se ela quisesse, isso aconteceria.

Tive anseio por seu corpo, sentir apenas a sua perna sobre as minhas mãos e os meus dedos não era o suficiente ainda, ter meus lábios subindo da sua boca para o seu pescoço não era o suficiente ainda, mas será que ela sabia disso? Eu queria mostrar isso, de alguma forma, poderia ser chamado de amor? Droga, falei que não tentaria entender, mas estava tentando.

Parei de pensar, por que eu tentaria?

Tudo sumiu assim que a vi descer as mãos por entre os nossos corpos, desatando o único nó que prendia o único tecido que separava a minha nudez dos seus olhos, eu a deixei fazer isso, sorri e beijei a sua testa quando fez isso, não me importei com qualquer insegurança ou medo, ela não me faria ter arrependimentos, eu sentia isso, eu queria e iria acreditar nisso.

Meredith não teve medo de deslizar por meus ombros, e nem escondeu o suspiro alto emitido por ela assim que me viu, acho que as minhas bochechas coraram um pouco, e isso, nunca havia acontecido de fato, ela riu, corando também.

— Eu nunca fiz... isso... com uma mulher... — confessou envergonhada. — Não quero ser desajeitada...

— Você não seria, mesmo se tentasse. — garanti. — Quer fazer isso?

— Eu quero. Quero sentir você.

(Inicie: Ride - SoMo)

Concordei, a deixando me deitar na cama, invertendo as nossas posições iniciais, Meredith colocou algumas mechas atrás da sua orelha antes de me presentear com um beijo cuidadoso, de demonstração de conhecimento severo sobre todos os caminhos que a minha boca poderia oferecer a ela, sua língua não se cansava de se deitar sobre a minha, a chamando para ela, me fazendo segui-la, sem tempo, sem pausa, apenas sentindo e testando devagar. Descobrindo devagar.

Uma de suas mãos desceu pela lateral do meu corpo descoberto, sentindo os pelos se arrepiarem sobre o toque tão inocente, não proposital mas sim curioso. Deixei a sua boca abandonar a minha para poder sentir mais daquilo agora em meu pescoço, meus olhos permaneceram fechados, não tinha motivo para abri-los, o novo, desconhecido, a perca do controle e da postura fechada, tudo isso acontecia quando ela estava ao meu lado.

Receita para o Amor - MeddisonOnde histórias criam vida. Descubra agora