Receita para o Amor - Meddison

The Montgomery's

"Sua ignorância para com ela, não passa de um verdadeiro amor a primeira vista."

Meredith

Tudo bem, tudo bem, não era exatamente com isso que eu contava, mas eu me esforçaria para mostrar a ela, que eu era uma boa chef e que eu teria o seu respeito assim como o cargo que eu tanto queria, bom, pelo menos eu era garçonete do restaurante The Montgomery's, e isso já era uma coisa maravilhosa, quase perfeita.

Meu sorriso não abandonou o meu rosto, nunca abandonaria, eu amava sorrir, oferecer sorrisos era o meu melhor dom, fazendo que dias chatos, se transformassem em momentos alegres, bons e felizes. E acho que Bailey pensava da mesma forma, pois ele estava sorridente quando correu até os meus braços na saída da sua escola, como sempre, escalando o meu corpo em meio a gargalhadas de minha parte, até que estivesse em meu colo abraçando o meu pescoço.

— Acho que o seu dia foi muito bom! — sorri, o colocando no chão e pegando a sua mochila junto a sua lancheira. — Irá me contar?

— É claro que sim! Mas vou te contar enquanto comemos bolinhos e tomamos achocolatado, e você irá me contar sobre a sua entrevista de emprego!

— Certo, como quiser.

Entramos na cafeteria que tinha mais ao final da rua do nosso novo apartamento, fizemos os pedidos e aguardamos, Bailey estava elétrico, e era bom ver que ele se adaptaria em sua nova escola, com um novo idioma, um pouco ensinado por mim assim que decidi que nos mudaríamos para os Estados Unidos.

— Vamos lá, me conte tudo, não deixe nada de fora, quero saber cada detalhe. — incentivei, animada e curiosa pelo o seu dia, o menino mordeu o seu bolinho de chocolate e sorriu, com a boca já suja.

— Minha professora é muito legal! Muito mesmo, o nome dela é Leia, e hoje aprendemos o alfabeto, eu já sei ele quase todo! Também nos apresentamos, e todos ficaram curiosos quando falei que sou do México, a professora falou que o meu Inglês é muito bom e que me ajudaria com a fala.

— Isso é incrível, filho! Fico feliz em saber que ela é legal, e sobre os seus colegas?

— Hum... eu fiz um amigo! Pra falar a verdade eu defendi ele.

— Como assim? — perguntei, bebericando um pouco do café que pedi alguns instantes atrás.

— Tinha três meninos do quinto ano implicando com ele, fazendo piadas de mau gosto, e coisas muito feias, então eu defendi ele. Chamei a diretora e depois dividimos o lanche juntos, ele me falou que aqueles meninos implicam com ele por ele usar óculos, ele não enxerga sem o óculos, ah, e ele gosta muito de ler também, mamãe, ele é menino muito inteligente.

— E qual é o nome dele?

— Henry. Ele tem oito anos e é do terceiro ano. Amanhã irei levar o meu capitão américa e ele levará o homem de ferro, vamos brincar juntos no intervalo.

— Uau, que legal, lembre sempre de tratá-lo com respeito e ser simpático com ele, certo?

— Entendido! E agora me conte, como foi na entrevista de emprego? Você conseguiu ser chef?

— Bom... eu consegui a vaga.

— Sério?! Ligue para a tia Lexie! Vamos fazer uma festa! Minha mamãe é chef de cozinha! Eu sabia que conseguiria!

— Filho, respira. — pedi. — Não é exatamente chef, e sim garçonete.

— Ah... — franziu o cenho, jogando um pouco a sua franja para o lado.

— Mas irei me esforçar para conseguir ser uma grande chef, você vai ver! A mamãe vai cozinhar e aprimorar as técnicas até que a minha comida seja perfeita.