Mas eu gosto de você

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"Ela agora te vê como queria, ela vai precisar de você, seja boa para ela."

Addison

Hum... isso está perfeito!

— Gostou? Sério? Achei que ficou um pouco sem recheio, acho que deveríamos ter adicionado um pouco...

— Hey! — a olhei, da forma mais calma que poderia existir, passando para ele a certeza, a minha certeza. — Está incrível,  Meredith.

As bochechas coraram, ficaram vermelhas por entre ainda os resquícios de farinha, que agora eram um pouco amenos, ela abaixou os olhos e sorriu assentindo, voltando a comer o bolo maravilhosamente perfeito feito por suas mãos de ouro.

Não estávamos longe uma da outra, mas longe o suficiente para que eu sentisse a sua falta, isso me soava, me soa tão ridículo, ao ponto de me xingar mentalmente por tal "melosidade" eu não sou assim. Então por que com ela eu era exatamente assim?

— Posso levar um pouco para o Henry? Ele ama bolos.

— É claro que você pode. —  sorriu. — Afinal foi nós duas que fizemos. 

— Você fez a maior parte, eu só estava aqui para te dar apoio e motivação.

— Ok, eu fui a parte prática e você a parte motivadora.

— Isso ai.

Meredith me olhou, mas se afastou em busca de um recipiente para que eu pudesse guardar um pedaço do bolo. Eu não sabia de verdade se ela queria conversar sobre algo, sobre o que aconteceu, em minha mente, a conversa não era necessária, mas se ela quisesse, eu me submeteria sobre aquilo. Tudo para que ela se sentisse bem, para que eu me sentisse bem.

Depois de arrumarmos tudo, ofereci a ela uma carona até a sua casa, aleguei que era perigoso ela sair sozinha, tão tarde da noite, e mesmo tímida, ela aceitou, fiquei feliz com aquilo.

Conversamos um pouco no caminho, ela estava mais concentrada em tentar adivinhar as músicas que passariam em uma rádio qualquer que tocava as uma da manhã, era engraçado.

— É aqui, obrigada. — sorriu, assim que paramos em frente de um simples prédio de seis andares. — Diga ao Henry que quando ele quiser, pode vir brincar com o Bailey.

— Diga o mesmo para Bailey. — concordei, deitando um pouco a cabeça no encosto do carro. Pude ver que os seus dedos estavam na alavanca para abrir o carro, mas estava excitante, pensativa. — Está tudo bem?

— Sim, está, eu só... não, nada. Obrigada mais uma vez, Addison.

— Espera. — sabendo que ela não tomaria nenhuma iniciativa, segurei a sua mão. — Você quer conversar, não é?

— Não exatamente, quer dizer, eu quero mas, não sei como começar isso. — me olhou.

— Ou, apenas podemos deixar tudo caminhar da forma que o destino quer que caminhe, sem tentar entender ou ser entendida, sem se complicar com as palavras, e apenas se preocupar com o que está acontecendo agora. Agora, nesse exato momento, você está preocupada com algo?

— Apenas com a farinha que está no meu cabelo e se eu não a tirar logo, irá demorar bem mais para sair. — nós duas rimos, acho que ela estava bem agora.

— Acho que a farinha pode esperar um pouco antes de ser removida.

Falei, segurando a sua bochecha, Meredith se calou e deixou que o seu sorriso mais tímido se formasse em seus lábios, aquele no qual seus olhos ficavam pequenos, as bochechas se levantavam e os lábios se reprimiam, o sorriso mais lindo. O qual eu não resistia e acabava sorrindo também.

Receita para o Amor - MeddisonOnde histórias criam vida. Descubra agora