Love potion - Bônus 3!

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       O vento soprava quente em mondstad.

       O loiro esperavam do lado de fora do quartel-general, sentado em um dos pilares e sentindo a brisa bater em seu pálido rosto. Já estava a alguns minutos sentado alí, esperando Kaeya terminar seu trabalho. Poderia entrar, óbvio, mas o vento e o ambiente externo eram muito mais convidativos do que encarar alguns livros e móveis antigos. 

       Balançava as pernas para lá e para cá, ansioso com o encontro que teria. Não sabia o porque, mas Kaeya queria muito conversar com ele. Tanto, ao ponto de pedir para Jean que saisse mais cedo. Kaeya nunca havia feito isso antes. Então, era de praste que Albedo estivesse minimamente preocupado.

       Não sabia que rumo a conversa dos dois ia tomar, mas estava preocupado em ter de pararem com os beijos e carícias que as vezes davam. Kaeya era todo o contato que Albedo já teve com alguém, não poderia perdê-lo. Além disso, Klee ficaria devastada de não poder jogar jogos competitivos com o azulado todo final de semana. A verdade é que quando errou a poção e Kaeya pode revelar o que sentia, tudo na vida do alquimista havia melhorado. Hoje, até mesmo dormia decentemente por conta de Kaeya (que frequêntemente fazia umas visitas-surpresas ao entardecer). Amava Kaeya.

       Os pensamentos tristes fizeram com que os pés parassem de balançar, inconcientemente. Conseguiu ouvir passos se aproximarem, passos que remetiam ao capitão. Permaneceu parado, observando a cidade.

       Sentiu as mãos quentes do amante agarrarem sua cintura por trás, o prendendo em um tipo de abraço estranho. Kaeya levou os lábios até o pescoço alheio, depositando um selinho inocente ali, antes de levantar os lábios ao ouvido e sussurar:

— Precisamos conversar, príncipe. — Soou sério.

       Os pelos do mais baixo arrepiaram, tanto pela voz gostosa e familiar ao seu ouvido quanto por sua fala e tom rígido.

— E sobre o que seria, capitão? — Devolveu no mesmo tom, sem se virar para o azulado.

       Um silêncio mortal foi profanado, como a calmaria antes de uma tempestade. Até que Kaeya continuou:

— Sobre nós, Bedo. — Soava carinhoso, ainda abraçando e acariciando algumas partes da pele alheia.

       Mas Albedo sabia que aquele era o fim. Era bom demais para ser verdade. Kaeya jamais o amaria, como poderia? Era bom demais para o ser caótico e esquisito que era Albedo. Talvez merecece alguém bom, alguém normal, Kaeya acharia alguém facilmente.

       Lágrimas começaram a cair sobre a pele pálida, não conseguindo guardar tudo o que pensava em sua cabeça. Se virou rapidamente para o homem atrás de si, girando sobre o mármore e soltando as mãos enluvadas de sua cintura.

— Me desculpa. — Soluçou. — Eu sei que não te mereço, sei mesmo. Eu sou patético, não sei demonstrar carinho e contato me assusta, eu sei. Mas eu realmente gostava de estar com você, mesmo que só algumas vezes. Eu sei que você vai achar alguém melhor pra você, alguém que saiba te amar melhor do que eu. Eu sinto muito por... — Foi cortado, com os lábios de Kaeya sobre os seus. Não foi um beijo profundo, mas foi um beijo bom. Muito melhor do que qualquer beijo que já deram anteriormente.

       Os lábios se afastaram, dando espaço pra que pudessem observar atentamente as feições um do outro. Kaeya observava cada detalhe do rosto mais baixo com carinho e afeto. Já Albedo, estava levemente confuso e devastado. As mãos do azulado foram até a mandíbula alheia, acariciando e dando-lhe um sorrisinho apaixonado. Albedo se acariciou sobre a mão alheia, aconchegando-se no carinho oferecido.

        Kaeya, em um impulso, puxou a mão de Albedo para oferecer-lhe um abraço apertado. Aconchegou as costas do louro, confortando os sentimentos.

— Príncipe. — Chamou, baixinho. 

— Hm? — Murmurou preguiçoso.

— Eu não ia terminar com você, nunca. — Afastou-se do abraço, para observar o amante. — Eu te amo, e mesmo que paressemos com os chamegos, eu jamais te deixaria sozinho. — Revelou

       Albedo sentiu as lágrimas voltarem, emotivo por ter ouvido um "Eu te amo." Era difícil ouvir aquilo, principalmente porque sempre fora acostumado com a solidão. Isso, é claro, antes de Kaeya chegar.

       Agarrou-se de novo no amante, como se estivesse desabando e a única coisa que o mantivesse estável era o calor do corpo mais alto.

       Permaneceram abraçados por mais um tempo, até que Albedo se acalmasse. Porém, não satisfeito, is lábios de Kaeya sussurraram novamente:

— Mas é serio, nós precisamos conversar. — Disse, soltando um risinho abafado.

— Certo, certo. — Se ajeitou, curioso para saber onde a conversa os levaria. — Estou pronto.

— Bedo, faz um tempo que eu penso nisso. — Começou. — Eu amo você, e amo a relação que nós temos. Mas algo me incomoda um pouco. — Suspirou. — Albedo, eu quero mudar o que temos. — Encarou o louro. — Eu quero poder te chamar de namorado.

       Oh. Era isso. Esse pequeno fato que também atormentava o alquimista. Tecnicamente, não eram namorados. Nunca houve um pedido, e nunca haviam se referido um ao outro desse jeito. Talvez não houvesse a necessidade de um, no começo. Mas a relação foi evoluindo, e não tinha um título oficial. Isso incomodava ambas as partes.

— Então, Albedo. — Sorriu, apaixonado. — Eu gostaria de saber se você aceita ser meu namorado. — Olhou atentamente para cada expressão do rosto do alquimista, procurando algum resquício de dúvida. Não achou. Albedo sabia o que queria.

— Eu seria um idiota se não aceitasse, Kaeya. — Agarrou novamente o corpo alheio, puxando-o para um abraço apaixonado. — E o idiota da nossa relação é você. — Zomboou, ouvindo o som da risadinha alheia ecoar por seus ouvidos.

— Eu te amo, Albedo. — Disse, saindo do abraço para beijar os lábios alheios. Um beijo doce, apaixonado. Um beijo que valia muito mais do que qualquer título. Um beijo de amor.

— Eu te amo, Kaeya. — Retrucou, para o agora então namorado.

Poção do amor; KaebedoOnde histórias criam vida. Descubra agora