005 - Profecia

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Depois que aqueles três voltaram, embarcamos pra Denver

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Depois que aqueles três voltaram, embarcamos pra Denver. Soobin havia nos contado a rota que iríamos fazer.
Seria assim: Long Island ➡️ Chicago ➡️ Omaha ➡️ Denver ➡️ Vegas.

Eu e Soobin sentamos juntos, revirei os olhos quando ele começou a me "informar" sobre o que eu precisaria saber sobre Vegas, auto-controle e afins.

Eu nunca vou ter auto-controle, será que ele não aprendeu isso?

Filhos de Dionísio são festeiros, e estão quase sempre bêbados ou com hálito fedendo a bebida álcoolica.

Mas, nós temos uma grande tolerância com álcool e venenos.

Não sei como nós caímos naquela armadilha na adega.
Estava claro que aquilo era uma armadilha, uma adega, no meio do nada, com vinhos velhos e maravilhosos, só podia ser alguma coisa.
Fomos drogados naquela noite por Linda Key, a filha do meio de Poseidon. Ela teve a audácia de manipular Hades e sequestrar Poseidon. Mas acabamos com ela.

Linda Key foi dessa pra melhor.
Quero dizer, acreditamos nisso.

Melhor parar de lembrar disso, até hoje tenho alguns pesadelos com o tridente manchado de sangue. O tridente foi manchado com sangue bastardo, marítimo.

— Okay, eu entendi Binnie. Não precisa ser tão perfeccionista, se vamos pra Vegas, que mal tem beber? — ele me olhou diferente.

— vamos pra o Cassino Lotus — murmurou pegando um papel e me dando. Tive uma pequena dificuldade pra ler ele, mas pude decifrar o que estava escrito:
“A chave para o mar grande
É o cassino conhecido como perdição
A beleza que ele esbanje
É apenas parte do roteiro de fingição
Não caia em armadilhas
De seus amigos não desgrude
Com eles, viaje milhas
Até Vegas, a cidade das luzes!.”

— Oráculo.. que fez profecia?

Ele assentiu.

Suspirei e tombei minha cabeça pra trás.

— não podemos contar pra eles. Temos que nos deixar levar, Percy e Annabeth já sabem do perigo, vão ficar em alerta e não comerão a flor, mas, se tivermos sorte os outros vão. Não irão descobrir que estamos entrando lá por um motivo além do arcade

— Parece que você pensa em outras coisas além de festas, Jisu

— eu juro que acabo com você se me chamar pelo nome de novo, Choi — esbravejei dando um murro em suas costas, fazendo ele gemer de dor.

— ok, ok — me deu um beijinho na bochecha e deitou a cabeça no meu ombro, descansando por andar a até a rodoviária, também acho que ele ficou acordado a viagem pra Omaha inteira, então ele tem motivos pra estar cansado.

Guardei o papel com ele, qualquer cuidado é pouco.

Por toda minha vida, fui chamada de inútil, fracassada. Quando cheguei no acampamento, aos meus 12 anos, Yeonjun foi o primeiro a me receber. Ele cuidou bem de mim, me apresentou a colina inteira. Não cheguei a ficar 2 noites na cabana de Hermes, dionísio me anunciou como sua filha. Ele cuidou de mim, não como um pai, mas como um amigo, ou um primo que todo mundo gosta. E eu não guardo ressentimentos por isso, ele é um deus, não um mero mortal que tem sentimentos por uma filha bastarda, como eu.
Dionísio pelo menos esteve comigo, e eu sou muito grata por isso. Logan, Paul, Kaleb e vários outros discordariam comigo, e diriam que o deus dos vinhos é um péssimo pai. Mas eles não pensam pelos outros Meio Sangues, que tem os pais no Olimpo. nós, filhos do deus das festas, temos ele todo dia no acampamento, e muitos deles não valorizam isso.

Dionísio, o meu pai, cuidou muito bem dos filhos dele, e dos outros também.

[•••]

Depois de quase 7 horas, chegamos em Denver. Saímos do ônibus, e seguimos pra uma lanchonete 24 horas.

O sol estava nascendo, era umas 5 horas da manhã.

Eu, Soobin, Annie e Percy sentamos numa mesa separada dos outros, iríamos falar sobre aquele assunto.

— então, é pra gente comer a flor? — neguei

— finjam que comeram, joguem nos fliperamas, dancem ou seja lá o que fizeram. — lembrei-me de Beomgyu, ele não ficaria amaldiçoado. — vou falar com Beomgyu, me esperem aqui. — ele comia fritas animadamente, parecia com fome, junto com um bom vinho, claro. — ei, gugu dadá! — Choi me olhou mortalmente — vem aqui!

— o que você quer, toquinho?

— se me chamar de toquinho de novo, juro que esfrego sua cara no asfalto. Enfim, vamos para o Cassino Lotus, coma quantas flores quiser, provavelmente não vai te afetar. Não conte a ninguém, nem pra Ryu

— por que a gente vai pra lá, Lia?

zuar e beber  — ele me olhou esperançoso — claro que vamos procurar pistas, o que mais faríamos lá?

— Chata — me empurrou de leve e voltou pra onde estava.

Desde que eu cheguei no acampamento, manto uma amizade com Beomgyu, ele vive lá desde os 10 anos, o que me surpreendeu de começo, eu sempre tento cuidar dele, mas o Choi é um cabeça-dura. Talvez seja isso por causa da mãe dele, Beomgyu me disse que a mãe dele o odiava, sempre o amaldiçoava, por isso, hoje ele tem mommy issues¹.

Mas essa é outra história, e ele que tem contar.

Senti uma sensação estranha. Tinha pessoas querendo nossas cabeças com a gente. Eu e meu irmão nos olhamos, soobin percebeu, começou a levantar e ir pra outra mesa, falou algo no ouvido de younghoon, que começou a sair do lugar junto com os outros.

— Quer lidar com isso ao meu lado, Jisu? — sorri e batemos na mão um do outro.

Só nós dois será o suficiente

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Beomgyu e Lia, os desenfreados
Vocabulário!: Mommy issues: daddy e mommy issues são um termo abrangente que serve explicar problemas que pessoas tem em relacionamentos. Na infância/adolescência a pessoa tinha um pai ou mãe negligente ou ausente e na vida adulta procura, sem perceber, algo pra suprir esse "vazio".

©T3ddy__be4r

O Reino Perdido ᵗˣᵗᶻʸOnde histórias criam vida. Descubra agora