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Encarei o garoto em minha frente, estávamos no campo de treinamento, mas pelo horário não tinha ninguém aqui, Younghoon e eu nos tornamos melhores amigos. Talvez porque compartilhamos os mesmos sentimentos sobre ser filhos dos três grandes.
— E aí, como anda o relacionamento com a Wang?
— Ela tem uma personalidade forte, nesses dias ela está meio.. seca comigo. Mas eu gosto muito dela — sorriu — Ela fala "eu te amo" toda noite antes dela ir para o chalé
— e você responde de volta? — Ele me encarou confuso e fez que não. Arregalei os olhos — Younghoon, você tem que responder de volta!
— Mas eu não sei se eu realmente amo ela — vi a figura de Yiren atrás do meu primo — Eu acho que eu só gosto mesmo, tipo de…
— Cala a boca, Younghoon! — Gritei
— Por que não me disse antes? Eu poderia ter esperado mais um pouco para te pedir em namoro — mordeu o lábio com uma lágrima em seu rosto
— Y-yiren? Podemos conversar a sós, eu posso explicar tudinho certinho em detalhes! — implorou
— Claro. Yuna você poderia...
— Sim, já estou saindo — sai correndo em direção ao chalé 3.
— E aí, peixinha? — Poseidon falou aparecendo dentro do chalé
— Peixinha? Sério?
— Isso é mais do justo. Você me chama de peixão! Peixão! — Indagou indignado
— Uhm, esses dias eu estava lendo um livro e achei isso curioso, então resolvi perguntar para você, pai. — comecei
— Prossiga
— Você realmente governou Atlântida? O que você sabe sobre Atlântida? Ela existe?
— O-o que? Por que quer saber disso?
— estou curiosa!
— Eita, meu tempo por aqui se esgotou, tenho que ir. Tchau, meu amor — me deu um beijo na testa e se tornou uma água no chão do chalé.
— Me deixa sem resposta e eu ainda tenho que secar a sua sujeira. Seu peixe desgramado — reclamei pegando um pano e secando o chão de madeira. — Mas por que ele desviou do assunto tão rápido? Ele conhece alguma coisa de Atlântida?
— Yuna! — Escutei um grito atrás da porta branca — temos que ir treinar — sorri. Soobin e Ryujin fazem isso frequentemente.
— Hoje eu não vou! Inventem uma desculpa caso perguntarem de mim.
— Ok! — estranhei, eles não se dariam por vencidos assim tão rápido.
[•••]
Encarei os livros em grego a minha frente, já havia lido milhares deles em minha cama, eu tenho mais facilidade para le-los. Mas nenhum falava algo que eu queira – e precisava – saber sobre o reino perdido
— O que saberia de tudo? Tudo o que eu preciso saber? — pensei mais um pouco — Oráculo!
Me levantei indo até a Casa Grande. Bati na porta, avistei Quiron a abrindo. O centauro me encarou confuso.
— Preciso saber de Atlântida!
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