Ao entrar na cela sou recebida com uma expressão fechada do meu paciente, seus olhos me observavam com cautela e curiosidade, nossos olhares se cruzam mas ele permanece em silêncio absoluto.
- Bom dia Sasuke. - cumprimento me sentando em uma das cadeiras que estavam disponíveis para mim, provável que a tenham colocado especificamente para essas sessões. Agradeço mentalmente por não ter que fazer isso em pé ou sentada nesse chão. Ele ainda não havia me respondido, apenas permanecia me observando. - Esperava que fosse um criminoso mas não um mal educado...
Observo suas reações após pronunciar tais palavras de forma agressiva, ele apenas esboça um meio sorriso. Eu nem consideraria isso como um sorriso.
- Eu sou sua nova psiquiatra e gostaria de conversar um pouco sobre você - ele se mantém calado. - Você por acaso é tímido? - eu pareço estar brincando com a morte, mas isso sou eu lidando com meu nervosismo, tagarelando sem filtros.
- Você gosta dos caras tímidos? - questiona ainda mantendo um sorriso divertido no rosto, mas não parecia estar se divertindo com algo específico.
- Olha Sasuke, eu gosto de caras que sabem dialogar. - coloco meu caderno de anotações encima da mesinha pequena a minha frente e ele acompanha meus movimentos desconfiado como um felino encurralado.
- Podemos fazer isso, mas o que irei ganhar em troca?
- Vamos nos conhecer um pouco primeiro, podemos negociar nossos interesses depois que eu pensar melhor sobre quem é você. - respondo com um sorriso amigável. Quem nos visse de fora juraria que estamos flertando, mas sei que ele não me dará nenhuma informação sem ganhar algo em troca, apesar disso não posso deixa-lo saber que estou de mãos vazias. Pego as fichas dos outros profissionais que já passaram por aqui. - Alguns psicólogos não tiveram você como paciente favorito em...
- Você considera aquelas pessoas como psicólogos? - pergunta rindo, mas não como se achasse graça em algo, mas em zombaria, gerando calafrios agudos em meu corpo
- Você não gostou deles?
- Elas são sensíveis, entraram aqui com tanto medo que mal conseguiam dizer o próprio nome - Ele diz se ajeitando na cama como se mostrasse estar confortável - Eu fiz apenas uma pequena ameaça vazia e uma delas fugiu chorando implorando para que eu poupasse sua família.
- Isso significa que não a machucaria? - pergunto focada em sua linguagem corporal
- Significa que eu estou preso, não consigo arrancar os membros do corpo do filho dela enquanto estou aqui. - nada, nenhuma micro expressão.
- Você gosta de desmembrando? - ignoro o fato da minha barriga estar revirando ao falar sobre esse assunto
- Não particularmente, mas seria uma excessão. - brinca e seu olhar deixa transparecer sua maldade, ele me dá medo.
- O que sente ao matar pessoas Sasuke? - cruzo as pernas
- Eu gosto de vê-las agonizando enquanto a vida se esvai de seus corpos - ele sorri triunfante pelo discurso de filme de terror
- Soube que seus pais morreram dessa forma... - Falo sabendo que estou tocando em um assunto delicado e vejo ele reagir de forma instantânea. Ele finalmente desvia o olhar e trinca o maxilar deixando transparecer seu desconforto em relação a isso. - Você lembra da cena?
- Cala boca... - ele diz quase como uma ameaça
- Você se sente bem com a morte deles? - tento pressiona-lo
- Eu mandei você calar a porra da boca. - O grito de fúria ecoa pela sala enquanto ele se aproxima da minha mesa, sua respiração estava acelerada deixando visível o subir e descer do seu peito, suas narinas puxavam todo o ar possível para talvez conseguir se acalmar. Ele havia perdido a cabeça, estava como um cão raivoso em minha frente, me olhando como se pensasse em mil formas de me fazer sofrer. Eu entendi que esse era seu limite, e não poderia força-lo na primeira sessão.
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PSICOPATA EM KRATOS || 𝒔𝒂𝒔𝒖𝒔𝒂𝒌𝒖
RomanceSakura Haruno trabalha na melhor clínica psiquiátrica de Konoha, era reconhecida em toda a cidade por suas habilidades prodigiosa mas na realidade oque ninguém sabia era de que ela era ótima no que fazia porque necessitava se distrair de seus própri...