CAPÍTULO 25

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Nossa última parada havia sido a três horas atrás, pensei que nem estávamos mais em Nova York de tanto que andamos.

Pra passar o tempo e evitar Suigetsu me zoando pela marca no pescoço que como esperado, ele percebeu assim que viu nós dois voltando juntos. Eu decidi ficar sozinha e fazer um jogo de terapia mental com eles, peguei todas as informações que reuni sobre sua vida, suas emoções e até suas fraquezas que vez ou outra eles mostravam e cataloguei seus possíveis traumas.

Nós estávamos parados em uma lanchonete vazia, com apenas duas ou três pessoas espalhadas pelas mesas. Sasuke estava conversando com um rapaz em outra mesa, tentei fazer leitura labial mas o homem parece não ter gostado da ideia pois suas expressões tomaram a forma carrancuda e sua desconfiança aumentou, pra evitar prejudicar Sasuke na coleta de informações desviei o olhar e torci pra não estragar tudo.

- Vamos. - Sasuke diz e todos nós levantamos e o seguimos. Não consegui falar nada para o Sasuke desde o que aconteceu na floresta, eu tentei, mas não saiu.

Eu não sabia o que estávamos fazendo, nem o que éramos um para o outro, eu era adulta, madura o suficiente pra conseguir separar amor e sexo. Mas não sei se consigo separar as coisas quando se trata dele, afinal, tenho um amor platônico por ele desde a infância. Entretanto, seus sentimentos em relação a mim ainda são um mistério pra mim, a atração sexual existe, mas sentimentos? Com certeza não.

Isso deveria me confortar, até porque ele ainda é um assassino e continua sendo meu paciente, mas no fundo, pensar que ele não sente mais nada além de algo carnal por mim me incomoda.

Voltamos para a floresta

- Itachi está hospedado em um hotel na beira de uma estrada ao leste, parecia estar acompanhando por alguém cujo nome é Kisame.

- Amante? - Suigetsu brinca e Sasuke vira seu olhar pra ele, que se cala na mesma hora. Sasuke precisava melhorar seu senso de humor.

- Vamos para o leste rápido, sem paradas. O hotel fica a 4 horas daqui e chegaremos antes do anoitecer. - diz dando as costas e caminhando rumo ao leste novamente

Sigo eles incomodada, com um mal pressentimento em relação a isso mas fico quieta, provavelmente ninguém desistiria da rota por causa dos meus instintos.

...

Andamos por um pouco mais de duas hora e eu estava exausta. Aquela era uma lanchonete de faixada então não havia comida ou bebidas, as pessoas iam lá pra trocar informações.

Minha barriga estava roncando e minha boca estava seca. Sasuke bebeu metade da minha garrafa antes me deixando apenas com um pouquinho pra andar por horas. Ninguém havia reclamado ainda e mais uma vez suspeitava de suas resistências sobrehumanas. Eles não beberam água nem sequer uma vez e pareciam estar motivados pra seguir em frente.

- Tudo bem? - Juugo pergunta quando me vê diminuindo a velocidade dos passos.

- Ah, sim estou. - tranquilo-o. - Estou apenas com sede.

- Certo - Juugo diz e acelera os passos para frente ficando ao lado de Sasuke. Eu arregalo os olhos, é agora que eu morreria. Ele foi bem claro sobre não ter pausas e aqui estava eu implorando por cinco minutos.

Sasuke me olha por cima dos ombros irritado enquanto eu estava apavorada observando seus próximos movimentos.

- Parem. - Sasuke finalmente diz e todos olham confusos. - Vamos fazer uma pausa.

O que? Sem mortes? Simples assim?!

Ele caminha até mim e me oferece sua garrafa de agua. Estava tão concentrada em não ser um estorvo e morrer por ser uma pedra no sapato deles que nem percebi que eu poderia ter pedido água pra alguém.

PSICOPATA EM KRATOS ||  𝒔𝒂𝒔𝒖𝒔𝒂𝒌𝒖Onde histórias criam vida. Descubra agora