Sakura Haruno trabalha na melhor clínica psiquiátrica de Konoha, era reconhecida em toda a cidade por suas habilidades prodigiosa mas na realidade oque ninguém sabia era de que ela era ótima no que fazia porque necessitava se distrair de seus própri...
Caminhamos por horas a fio, sem parada pra descanso, e acabamos nos hospedando em um hotel barato no meio da estrada, junto de Karin tratei os ferimentos de Sasuke durante dois dias enquanto ele ainda estava inconsciente.
Karin chorava o dia inteiro pelo estado do Sasuke, mas pra que ambas pudessem ter seu devido descanso decidimos nos revezar para cuidar dele. Karin tinha horror a sangue então precisei fazer a sutura sozinha, algo que aprendi com a Mestra Tsunade e nunca achei que iria precisar por fim veio a calhar.
Sasuke não estava mais em risco, seu processo de regeneração era rápido o que facilitava muito cuidar de suas feridas, além da combinação de ervas que consegui criar que ajuda na cicatrização.
Depois de tanto trabalho, lá estava eu, sentada em um banquinho ao lado da cama de Sasuke tentando descansar um pouco, nos últimos dias não havia conseguido pregar os olhos e muito menos cuidar da minha saúde, claro que tomei um chá pra recuperar minhas forças, mas ainda tinha algumas feridas doloridas no corpo que não ganharam minha atenção.
Deito a cabeça na cama dele esperando que possa cochilar por alguns minutos antes de trocar o turno com a Karin, ela ainda estava dormindo o que me garantia que ela não iria aparecer aqui me chutando por dormir em serviço.
- Sakura? - a voz rouca e fraca do Sasuke me desperta assim que consigo cochilar, procuro por seus olhos para me certificar de que não estava sonhando.
- oi oi, um segundo. - me levanto com pressa e vou pegar uma pequena lanterna na bolsa, corro até ele que se mantém em silêncio enquanto acompanhava meus movimentos. Me aproximo o suficiente para que a luz reflita em seus olhos. - Acompanhe a luz.
Ele faz o que peço e seus olhos acompanham a luz perfeitamente, isso diz que sua visão está perfeitamente intacta e que os dias que ficou inconsciente não teve sequelas graves.
Me viro de costas para separar as ervas para fazer um chá.
- Aí. - murmura e quando me viro vejo as ataduras manchadas de sangue.
- Droga, você não consegue ficar quieto por um segundo? - reclamo pegando uma faixa, algodão e antisséptico.
Vou até ele, retiro a atadura antiga e descarto no lixo, me aproximo para desinfectar o ferimento e evitar o risco de uma infecção por exposição às bactérias. De relance consigo ver ele me olhando enquanto cuido da sua lesão, ignoro mas ele permace observando meu rosto o que começa a me deixar constrangida.
- O que foi? - pergunto já usando a faixa para enrolar em volta de sua cabeça.
- Por que está aqui? - sua pergunta me pega desprevenida, sabia que teríamos essa conversa mas não imaginei que seria agora.
- Eu... - o barulho da porta se abrindo faz com que automaticamente eu me afaste em um salto.
- Sasuke! - Karin diz com um sorriso enorme no rosto enchendo os olhos de lágrimas. Eu realmente nunca irei entender essa devoção que ela sente
- Saia. - ele diz rude e ela me olha sem entender seu comportamento
- Agora é a vez dela Sasuke. - respondo ignorando seu comportamento babaca de agora.
- Não terminamos.
- Sim terminamos. - dou as costas e caminho até a porta. Karin parecia chateada com sua hostilidade, mesmo que eu não gostasse das atitudes dela ou até mesmo de sua personalidade, ela o ajudou tanto quando estava ferido que me recuso a deixar que ele a trate assim.
- Volte aqui. - ordena com o som de sua voz ecoando por toda a sala.
- Você não manda em mim Sasuke. - grito. - Karin esteve cuidando de você esse tempo todo e o melhor que conseguiu fazer é agir como um brutamontes em agradecimento? Não irei conversar com você até que saiba agir como alguém civilizado.
Deixo minhas palavras no ar e me retiro, do lado de fora Suigetsu e Juugo me olham assustados.
- Uau, você é a primeira pessoa que fala desse jeito com ele e sai viva.
- Talvez seja porque ele não está em condições de matar ninguém.
- É, você tem um ponto. - ambos gargalham
- Ainda não tratou suas feridas? - Juugo pergunta e eu nego com a cabeça
- Não tive tempo, mas agora que Sasuke acordou, posso dar uma olhada. - sorrio pra eles e vou até o meu quarto.
Suigetsu e Juugo dormem no mesmo quarto, Sasuke em outro, Karin e eu dividimos também o mesmo quarto por mais que não chegamos ao ponto de dormir no mesmo lugar já que estávamos revezando os cuidados no Sasuke.
Limpo as feridas do meu corpo que era em sua maioria superficiais mas havia uma com media de 7 centímetros no braço, talvez eu tenha esbarrado em algum galho que rasgou a minha pele, por causa da adrenalina nem havia sentido a dor, mas agora todo meu braço latejava.
Depois de ter desinfetado todo meu corpo, vou para o banho, finalmente lavo meu cabelo de forma digna, estava fedido e oleoso por carregar por tanto tempo aquela peruca na cabeça, além das lentes que quase me cegaram pelo tempo de uso, mesmo tirando quando estava sozinha as vezes eu as esquecia.
Meu corpo estava leve e limpo, apenas precisava dormir por vinte quatro horas seguidas para recuperar minhas energias. Estava esgotada.
Ouço batidas na porta
- Entre. - digo me sentando na cama esperando que entrem.
Karin aparece arrumando os óculos de forma desajeitada, suas linguagens corporais mostravam que ela preferiria afundar sua cabeça no chão do que estar aqui comigo.
- Eu não gosto de você. - Ela é direta - Mas ninguém nunca me defendeu como você fez hoje e por mais que eu não permita que ninguém fale daquele jeito com ele, você fez algo por mim e obrigada por isso.
- Disponha. Não deixe-o te tratar dessa forma, ele não tem esse direito.
- Minha relação com Sasuke é um pouco complicada, você não entenderia. - ela fica pensativa de repente - Espera, você é a Doutora Haruno certo? A psicóloga dele. Isso explica muita coisa.
- Ah é? Explica o que exatamente?
- Nada. É apenas minhas opiniões particulares.
- Entendo. - respondo e ela acena, se retirando do quarto.
Eu aproveito sua saída para descansar.
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