Acordo Aceito

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Paula comemorou muito e acordou com forças para a provação que passaria, ela de casal com a Cascacu, quando na vida pensaria isso? 

Mandou mensagem para Gabriel e Ingrid bem cedo, avisando que o acordo foi selado entre as duas, vai que ela voltasse atrás, Paula nem a culparia, mas elas não poderiam dar para trás.

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T/W

Carmem e Paula se reuniram com seus filhos para poderem discutirem sobre o plano e como tudo aconteceria, como elas dariam a notícia e interagiram em público, exigiria muito esforço de ambas, pois elas não se suportavam, isso não deu muito certo, gerando um início de uma discussão acalorada, o que não deviam  fazer se quisessem manter a pose de casal, um casal feliz.

Carmem pediu para que os jovens saíssem e deixassem elas resolverem os termos de tudo, jurando que se controlaria perto de Paula, essa última lhe rendeu um comentário  da  parte de Gabriel :

"Não precisa mais se conter não mãe, ela agora é sua namorada."

Sua mãe o fulminou, e num ímpeto jogou um acessório da mesa na direção do menino, nada para lhe machucar, apenas para ele ficar esperto, o mesmo desviou e saiu rindo junto com Ingrid.

"Vamos aos negócios, Paulete, temos muito para decidir."

"Okay, nós temos que ver como iremos nós assumir, precisamos esclarecer coisas como o casamento e o doping e ver como vamos nos portar daqui pra frente, vamos ter que agir de forma leve, deixar todas as brigas de fora, ao menos disfarçar elas aos olhos de todos."

"É, é mesmo muita coisa, tem tamb..."

Paula cortou Carmem.

"MEU DEUS, MEU DEUS CASCACU, MEU DEUS!"

Paula falava alto de forma exasperada, assustando Carmem, que agora seguiu até o lado de Paula, a abanando, servindo um copo de água para a mesma e perguntou o que estava acontecendo com ela, a morena parecia em choque.

"Não pensou nisso ainda, né, Cascacu? Pois eu te digo, já parou pra pensar que nós..."

Paula apontava entre as duas.

"Nós não vamos ter apenas que manter nossas brigas privadas, vamos ter que nos abraçar, manter contato físico... Beijar! Você nota isso?"

No momento certa aflição tomava conta de Carmem, e ela logo tratou de disfarçar.

"Ah, Paula, esse seu surto por causa disso? Essa foi uma das primeiras coisas que eu pensei."

"Ah, pensou em me beijar, né, cobrinha? Sei não, heim?"

"Tá doida Paula, eu, euzinha querendo te beijar? Bom..."

Carmem gaguejou, tentando arrumar uma desculpa rápida para a bola fora que ela deu, e ela respondeu, ajeitando o cabelo atrás da orelha, de forma tímida, alguns diriam.

"É, isso é bem óbvio, dos relacionamentos, né?"

Nesse momento a loira implorava aos céus para que não tivesse corada, uma coisa tão juvenil assim numa mulher como ela.

"Ah, depois nós vemos, sei lá, damos um selinho vez ou outra, podemos dizer que somos o tipo de casal reservado."

Ali a Wollinger sentiu que iria morrer, beijar Paula?

"Selinho Paula, como assim?"

"Selinho, selinho ué, assim, olha."

Com a mesma rapidez que Paula aproximou-se para juntar os lábios com os de Carmem e o mesmo tempo que esse beijinho durou, foi a quantia de tempo em que a empresária se afastou, enquanto a Terrare ria absurdamente.

"Meu jeito de me vingar, agora que não podemos brigar como de costume. Olha acho que nem vou sentir falta, viu?"

Paula ria muito, deixando Carmem super sem jeito.

"Se vingar de que, sua doida?"

"Ah, como você esquece rápido, coração, por ontem, por me fazer ajoelhar e implorar por ajuda, como não podemos sair no tapa, escolhi essa forma."

Ela explicava gargalhando, a loira apenas ficou lá, com cara de tacho. Paula continuou falando:

"Não faça guerra, faça amor!"

"Ficou sem palavras, Cascacu? Meu beijinho te impactou? Olha, de onde veio esse tem mais."

Paula agora se dirigia a Carmem, que a muito havia se afastado dela, e se afastava novamente, após essa ação de Paula. A mesma ria da falta de jeito da rival, parecendo envergonhada.

Felizmente ela foi salva por Ingrid, quem diria.

"Oi gente, tava tudo muito quieto, resolvi vir aqui para ver como vocês estavam, né?"

A menina respondia com seu jeitinho retraído.

Paula foi até ela, a beijou na cabeça e respondeu com muito entusiasmo.

"Tá tudo bem sim, aliás, tudo ótimo, diz Carmem, como tá tudo bem."

Paula lançou a pergunta, estapeando o braço de Carmem que se encolheu,ela havia feito isso para que a mesma confirmasse sua fala, tentando esconder o sorriso ladino da filha. Deu certo, ela nem notou.

"Sim, tudo bem sim, Ingrid."

"Olha, eu tenho um compromisso e não sei se volto hoje, creio que resolvemos algumas coisas por hora, o resto vemos depois."

Carmem disse já se direcionando a porta, sem olhar para trás, podia jurar que estava corada. Céus!

"Mãe, o que houve, ela nem te provocou nem nada, como assim? Além disso, você não me contou como fez pra convencer ela, que parecia tão obstinada a negar o plano, o que você disse/fez?"

"Bom filha, prefiro nem comentar o que fiz para ela aceitar. E ela tá mansa mesmo, não sei a razão."

Paula sabia bem a resposta das perguntas, só não queria responder, guardaria para ela essas momentos, um de humilhação e outro em que ela conseguiu um marco, deixou a Cascacu sem palavras.
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A Wollinger pegou sua moto e foi dar um passeio, pensou que com a situação com Paula isso seria praxe daqui em diante, vai ver essa era sua tática para ficar com os negócios  só  para ela : A provocar de forma absurda e torcer para ela ir embora no meio de seu expediente.

E o que foi aquele beijinho? Vingança por fazer ela se ajoelhar, elas sempre foram assim e nunca devolveram com beijos. Quantos desses  beijos viram no futuro?

Carmem se repreendeu por pensar assim.

De qualquer forma ela tentaria irritar menos Paula, para não receber o troco em forma de beijos. Ou não.







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