O Verdadeiro Inimigo

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Oie gente, tô pensando em postar dois capítulos hoje, ontem eu fiquei o dia todo fora e tinha postado cedo, quando fui chacar hoje, vi que não saiu dos rascunhos, que ódio
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De sua nova casa Tereza via tudo que Carmem postava, se sentia uma stalker, porém não podia deixar de acompanha-lá, mesmo online, e pensar que poderia ser ela no lugar de Paula. 

"Que inferno! Será que eu fiz bem em voltar pra vida dela?"

Dizia agitando os curtos cabelos, hábito de quando estava nervosa. Riu. 

"Voltei pra vida dela sim... Só se for pra perto, porquê na vida dela eu não entro nem como amiga e muito menos como eu queria, aquela perua já ocupou este lugar."

O lugar que um dia foi seu, pelo menos era o que Tereza achava. Incapaz, assim que se sentia, e sem noção também por tentar caber num lugar que não mais lhe pertencia. Por um lado, gostava de ver a mulher que um dia amou feliz, e pelo outro, sentia um misto de dor, melancolia, abnegação e ciúmes.

"Meu Deus, eu nunca fui assim. Que decadência!'

Tereza não se reconhecia, estava agindo como alguém que implorava por amor, que se metia a todo custo na relação alheia e atazanava ex.

Olhando novamente a foto das duas, Tereza falou :

"Bom, ao menos alguém está feliz."

Concluiu e se retirou, indo tomar um banho para descansar, mas mal sabendo que seu filho tinha presenciado todo seu diálogo consigo mesma e tomado uma decisão : Sua mãe teria sim aquela mulher para si, pois ela merecia ser feliz.

Ela era a pessoa que mais merecia ser feliz nesse âmbito, a melhor mãe que ele poderia ter,  e por ela ter lhe acolhido com tanto amor no passado, ele iria retribuir trazendo Carmem para ela.

Samuel se lembrava como se fosse ontem a primeira vez que viu a mulher que em anos posteriores chamaria de mãe, e o dia em que foi adotado.

Flashback on :

O dia estava ensolado, e em seu abrigo foi feito uma tarde recreativa, para possíveis pais adotivos, mas como muitas crianças não seriam adotadas, Samuel incluído, disseram que era apenas uma tarde de brincadeiras, para não decepcionar os não preteridos.
Então, supondo que por sua idade, estando prestes a completar 12 anos, não seria adotado, o menino ficou de canto, vendo algumas das crianças maiores implorem por atenção e as menores recebendo sem um esforço se quer.

Samuel não pode deixar de invejar os pequenos, pois sabia que seriam adotados e amados, cuidados com todo o carinho do mundo, teriam uma família e seriam pessoas importantes para alguém, teriam uma pessoa velaria seu sono de noite, teriam a quem recorrer se tivessem um pesadelo. Ele queria tudo isso, porém era tarde para ele. Ao menos era o que ele pensava.

"Oi, posso me sentar aqui?"

Perguntou uma mulher que chegou de mansinho.

"Senta."

O garoto respondeu dando de ombros.

"Qual seu nome?"

"Samuel."

"Samuel... Nome bonito.

Disse ponderando.

"Quantos anos você tem, Samuel?"

Falou usando nome do menino a fim de criar uma conexão com ele.

"Eu vou fazer doze anos."

O Acordo de Milhões - CarrareOnde histórias criam vida. Descubra agora