Capítulo 1.

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Parei em pé frente a pista de patinação, minha treinadora já estava lá dentro preparando o som para começarmos a minha nova coreografia que dizia ela me faria entrar para o Campeonato Estadual De New Jersey.
_Pode vir! _Catherine gritou do outro extremo da pista_
A música escolhida por ela havia sido " A Thousand Years" de Christina Perri. Tirei as proteções das lâminas do patins e entrei, impulsionei-me fortemente para frente três vezes e me deixei deslizar com o pé esquerdo atrás do tornozelo direito até o centro da pista.
_Estou pronta! _gritei de volta_
A melodia começou suave com três toques principais dando seu início. Haviamos treinado somente um quarto da coreografia, e hoje queríamos treinar pelo menos metade dela. Apoiei a ponta do pé esquerdo no chão e virei suavemente em sentido anti-horário deslizando à lâmina direita no chão, ergui-me e empurrei uma, duas e três vezes até ganha a velocidade necessária, virei-me de costas um braço erguido e o outro estirado ao lado, me preparei fechei os olhos por um momento vislumbrando o que tinha que fazer contei até três mentalmente e saltei um salto duplo seguido de um salto e meio e aterrissei com a perna estirada para trás. Minha treinadora pausou a música e bateu as mãos.
_Muito bom Phoebe! _ela veio na minha direção patinando_
_Podemos montar a outra parte hoje ainda. _indaguei_
_Você acha que consegue?
_Sim, estou confiante! _ergui o queixo_

Uma hora e meia depois estava ofegante e puxando longas lufadas de ar para dentro do pulmão.
_Fizemos um ótimo trabalho hoje. Apoiei a mão no joelho e limpei um fio de suor que escorria da testa.
_Sim, se continuarmos desse modo até o final da semana teremos a coreografia completa. _concordei_
Ela se aproximou de mim e deu uns tapinhas no meu ombro.
_Vá descansar garota o resto da tarde amanhã nos vemos aqui as oito.
_Certo amanhã nos vemos. _respondi_
Sentei-me na arquibancada e tirei os patins e o pus de lado. Verifiquei meu celular, cinco chamadas perdida da mãe de Emília, retornei uma das ligações, ela atendeu no primeiro toque. Estranhei aquilo.
_Oi senhora Roberts.
_Olá querida. _sua voz parecia cansada, levemente histérica_
_Está tudo bem?
_Não, Emília está com você?
Não estranhei a pergunta levando em consideração que Emília é minha amiga e que frequenta mais ou menos os mesmos lugares que eu.
_Não à vejo desde ontem. _respondi-lhe_
_Nem eu. _ela pareceu suspirar do outro lado da linha_ _Estou muito preocupada com ela Phoeber não sei onde ela poderia está, nem mesmo deixou um bilhete dizendo para onde ia. _algo em seu tom de voz me deixou em alerta_
_Onde você está?
_Na Arena de patinação. _respondi prontamente_
_Estou indo aí. _disse-me e encerrou a chamada_
Fiquei de pé rapidamente, recolhi meus pertences e os coloquei na bolsa com os patins. Me apressei a sair dali, passei pela cafeteria do lugar e peguei um cappuccino, precisava colocar cafeína em meu corpo para o que viria a seguir. Só havia acontecido duas vezes de Emília sumir assim por muitas horas e nenhuma delas veio com notícias agradáveis, a primeira ela havia saído com o carro da sua mãe e o batera em uma loja de departamento e a segunda vez havia sido pior ela tinha sido encontrada em um beco pela polícia tendo uma overdose dois dias depois de ter despertado dissera que não se lembrava ao certo o que tinha acontecido que só havia tentado sufocar a dor que sentia e então acabara naquele estado usando drogas que haviam oferecido à ela. E agora dessa vez não queria nem mesmo imaginar o que havia acontecido.
_Me desculpe. _murmurei quando passei de raspão por um casal idoso_
Abri as portas duplas que davam acesso para o lado de fora. Estava nevando do lado de fora e eu ainda me encontrava com o collants de patinação o que me protegia do frio era somente um moletom que havia posto às pressas antes de sair.
O carro azul da senhora Roberts parou no meio fio, ela abaixou a janela.
_Entre!
Apressei-me a sair do frio e entrei no carro.
_Tem alguma ideia de onde ela pode estar? _perguntei_
_Nenhuma, tinha esperança que você soubesse de algo. _abaixo de seus olhos haviam marcas roxas de cansaço e exaustão como se tivesse passado a noite em claro o que eu não duvidava muito_
_Oh. Bom ontem ela não me falou muita coisa me disse algo sobre motos e estradas perto da fronteira do estado.
_Oh não! _Sheron gemeu e se apoiou no volante_
_Ela não faria isso, não faria, ela sabe que está proibida de sair daqui, que está em prisão domiciliar.
_Eu já não sei mais o que ela faria. _ela ligou o carro_

Minha MetadeOnde histórias criam vida. Descubra agora