Capítulo 14. O passado ainda pertuba

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Sinto-me finalmente capaz de lhe ver partir, partir e deixa-me aqui, acreditava em um amor que acontece somente uma vez na vida, e agora tenho a certeza que não era você. Você era tudo que eu precisava, tudo que eu desejava e tudo que eu poderia ter, porém eu não sou oque você desejava conhecer, talvez em algum futuro distante, uma pessoa poderá me mostrar que estou errado, mas desde já peço que não lhe encontre novamente.

(Autor(a):Felipe Silveira)


          Quando estávamos na 9° série fomos a  nossa primeira festa que havia bebidas juntas, estávamos muito ansiosas, nossos pais haviam pela primeira vez deixado sairmos sozinhas para algum lugar, na época meus pais ainda eram casados, na verdade estavam legalmente casados ainda e em processo de divórcio, eles acharam que seria bom pra mim sair e me divertir um poucos com alguns amigos da escola, o que poderia dar errado? Era um aluno da escola dando a festa, seu pai era um professor.

Estava tudo conforme o planejado, a festa ocorreria perfeitamente bem, considerando que havia um monte de adolescentes entrando na puberdade. E acabaria as dez horas como ditava o convite.

_Meninas, não se esqueçam do horário de vocês, e...     _meu pai meteu a cabeça para fora do carro quando sairmos_      _Qualquer coisa podem ligar que venho buscar vocês.

_Claro pai, pode deixar!      _assenti para ele animada_

Quando nos viramos para entrar ele gritou.

_Se comportem!

_Nós vamos!     __Emília gritou de volta_

   E nós cumprimos a promessa, bem até  certo ponto, quando estávamos cansada do barulho e sentindo muito sono liguei para o meu pai e nos sentamos na calçada para esperar por ele. Um dos garotos passou por a gente e ofereceu um gole de bebida alcoólica, até aquele ponto só havíamos ingerido refrigerante, mas não vi que mal tinha experimentar um pouco, provei e achei terrivelmente ruim, Emília riu da cara que eu fiz e acabei oferecendo pra ela.

_Duvido você tomar sem fazer careta!

_Ah não Phoebe, eu não posso beber, minha mãe me proibiu qualquer coisa desse tipo lembra? E também seu pai está para chegar.

Insistir mais um pouco fazendo ela ceder e tomar também.
Ela virou o copo e disse surpresa.

_Não é tão ruim!

E tomou mais um bocado da bebida.

_Tá bom, já chega Emília, meu pai em breve chega e não é bom ele ver a gente com isso na mão.

E foi quando ela terminou de tomar o que restava no copo que eu me arrependi de ter oferecido, mas não percebi a gravidade daquilo.

Foi nesse momento no parque, onde eu me arrependi amargamente te ter sido a influenciadora para o que a levou a ser o que era hoje.

                                 ☆

_Phoebe...

_Não!      _eu a interrompi_     _Vamos primeiro pegar as coisas que trouxemos, colocá-las dentro do carro, entrar nele e voltar para casa em Nova Jersey, e aí você vai explicar tudo cada detalhe do que tem me escondido durante esses meses.

Ela balançou a cabeça em concordância  e voltou à andar indo em direção do que antes estava sendo nossa pequena animação do dia, o piquenique.

E eu voltei para o carro e espera-la lá.

As vezes eu só desejava entrar em sua cabeça, talvez assim fosse mais fácil entender o porquê de suas atitudes, porque uma adolescente se entregaria assim as drogas, o que havia de tão interessante nelas que a faziam preferi-las ao invés de algo mais saudável, e agora isso, da dívida, da ameaça, não deveria ser motivos o bastante para fazê-la abandonar esse... esses entorpecentes que traziam euforia momentânea.

Por Deus, eu faria qualquer coisa se tivesse a garantia de que nunca mais ela usaria uma droga, sendo ilícita ou não.

E quando chegasse em casa e olhasse para minha mãe e ver como ela estava certa, sobre me afastar enquanto tinha tempo, mas como poderia? Se sabendo eu que fui a culpada, que fui eu a oferecer a primeira dose de álcool, e depois deixá-la, que tipo de amiga eu seria se desistisse antes de tentar? Havia esperança e eu sabia disso.

Ouvi seus passos indicando que chegava e abri o porta malas para guardar tudo ali dentro novamente. Ela me olhou por um segundo e pude ter o vislumbre de que não estava nada bem por aquela situação.

Eu variava entre estar fervendo de raiva por ela está sendo uma adolescente estúpida e burra com a própria vida, e o medo de perde-la por causa das drogas.

_Me dá as chaves.      _estendi a mão_

_O quê? Você vai di-dirigir?

_Sim, vou, é melhor eu chegar em casa dirigindo o carro da minha mãe ou ela terá mais motivos para querer o fim da nossa amizade mais do que já tem.

_Okay!      _Emília me jogou as chaves e levantou as mãos para cima em rendição_      _Dirige se você acha melhor.

_Tem muitas coisas que acho melhor, mas você não colabora.      _retruquei e entrei no carro_

To be continued...

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