"Conheço uma garota, uma das mais belas garotas que já conheci, ela faz eu me sentir bem, ela faz eu me sentir como ninguém, nossa amizade se tornou umas das flores do vale da eternidade. Eu sonho com ela todos os dias, quero a presença dela a cada momento, eu posso senti-la, porém não é como se ela fosse minha, eu a quero, eu a desejo, será que ela sente o mesmo? Todas as vezes que nossas mãos tocam acontece um choque elétrico e por mais que saiba que é apenas química eu a quero por completo. Tenho a certeza de que desejamos o mesmo e que a única forma de saber se ela me quer, é dando-lhe um beijo, talvez eu esteja confundindo tudo e esteja em declínio, então levarei meu segredo para o mais profundo dos meus pensamentos, entretanto saiba que eu estarei lhe esperando juntamente com a flor do vale dos meus sonhos."
(Autor(a): Felipe Silveira)
Quando estava com raiva eu tinha tendência à descontar nas coisas, não era sem motivo que me automutilava com mordidas, mas daquela vez foi na porta do carro que bati com toda força, a raiva, a decepção e outros sentimentos rodavam com força suprema dentro de mim que me fazia desejar derrubar uma casa à martelada, respirei tão profundamente para me controlar que senti o pulmão falhar com tanto ar puxado de uma vez.
Emília entrou também, em silêncio e muito quieta para alguém extrovertida e sabia exatamente o motivo, mas ela não me escaparia, falaria tintin por tintin cada vírgula de como fez uma dívida de 5 mil dólares.
Dei partida no carro, apertei minhas mãos frias no volante e dei ré para sair do estacionamento, troquei da ré para a primeira marcha, passei os portões do parque e entrei na rodovia olhando para os dois lados.
Dirigir me deixava nervosa, mas principalmente a parte de sair. Obedecendo o limite de velocidade de 60 a 80 km/h o nervosismo diminuiu.
Olhando para estrada iniciei nossa conversa novamente.
_Bem, acho que já pode começar a se explicar, e começar do começo. _senti que ela me olhou, mas continuei com o foco na estada.
_Primeiramente, eu não fumei cinco mil dólares de maconha...
_E como fez essa dívida então?
_Lembra daquela noite que eu e minha mãe discutimos no carro?
_Aquela que paramos em um meio fio sujo e que vocês ainda continuaram brigando? _dessa vez eu a olhei.
Ela fez uma careta como se de alguma forma eu tivesse exagerado. Mas continuou.
_Nós deixamos você em sua casa e fomos para a nossa consequentemente é claro. Chegando minha mãe se trancou em seu quarto muito alterada ainda e fui para o meu, eu juro Phoebe, eu tentei, mas... chegou uma mensagem informando de uma festa não tão longe de onde eu estava, precisa esquecer que havia feito uma merda enorme com a minha mãe.
Vi de relance que encarou suas mãos como se para lembrar com exatidão daquele dia.
_Eu fui, minha mãe não me procuraria até a manhã seguinte eu sabia, estava magoada demais para fazer aquela hora da noite. Saltei a janela do quarto e fui do jeito que estava, eu iria somente ingerir álcool e acordar com uma puta ressaca no dia seguinte... era o plano sabe.
Sua voz ficou mais baixa e semicerrei os olhos, teorias já se formavam em minha cabeça.
_O que aconteceu?
_Meio embriagada vi quando Prissy Covey chegou ao local...
_O que Prissy fazia lá?
Emília me olhou como se a situação fosse meio óbvia mas continuou.
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Minha Metade
Teen FictionDuas garotas, vidas e personalidades diferentes, mesma escola e uma amizade de infância que as acompanha até a adolescência. Mas muitos problemas, desafios e confusões, e uma ameaça põe à prova essa amizade. (ATENÇÃO GATILHOS: automutilação, depress...