Capítulo 21. Um vestido vintage não dá dignidade

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As vezes me pego pensando
e imaginando a tal forma onde nos encontramos,
nos perdemos e deixamos,
na verdade deixei, deixei com que você levasse toda minha dignidade,
toda minha consciência,
toda a minha autoridade,
nunca estive tão cego como desta vez, porém e você, irá me amar outra vez?
Você tornou-se o meu ar, o meu sol, o meu mar.
Pra onde olho, você está ou acho que posso te encontrar,
tenho consciência do valor que tenho, porém mais consciência do amor que teremos,
mas se for pra ser assim, rasguea as minhas cartas e não me procure mais, que assim será melhor meu bem.

-Felipe Silveira.

Insta: @poesi_afelps




Quarta feira, 17 de agosto.

A manhã seguinte foi seguida de forma sonolenta, as comemorações da noite anterior haviam abusado de minhas energias me deixando bocejando a manhã inteira na mesa de desjejum. Minha mãe passava da sala para a cozinha avidamente preparando -se pra ir trabalhar. Better than revenger da Taylor Swift tocava nos meus fones de ouvido enquanto respondia uma breve atividade de espanhol que entregaria aquele dia na escola. A música foi substituída pela chamada telefônica, atendi no mesmo instante deixando o fone conectado.

_Oi, Emília! _cumprimentei.

_Oi, bonequinha! Como está? Estou saindo de casa agora, aceita uma carona?

Inclinei a cadeira pra trás observando minha mãe na sala mexendo em seu Macbook. Ela já deveria ter ido, seria mais fácil sair. Quem eu estava querendo enganar? Em breve teria que contar que estava tendo um relacionamento mais que amigável com minha única amiga. Seria bom já ir preparando o terreno.

_Sim, eu vou com você, espere eu avisar para minha mãe um instante. _respondi e tampei a entrada de som do celular.

_Mãeee! Vou ir pra escola com a Emília! Algum pedido em especial?

_Não, princesa, apenas se comporte e volte logo após acabar o treino! _ela gritou de onde estava no sofá.

Voltei para a chamada e completei dizendo à Emília que me esperasse na esquina da minha casa.

Joguei os livros e cadernos dentro da mochila rapidamente e as canetas e um bolso menor. Fui até o banheiro conferindo o meu cabelo cacheado que parecia um tantinho mais rebelde aquela manhã, mas ao invés de prende-lo amassei-o um pouco mais e finalizei com gloss nos lábios, lembrava um pouco aquele estereótipo afropaty.
Praticamente voei de um cômodo para o outro porta a fora com minha mãe comentando as minhas costas o quanto eu estava bonita.

Esperei sua chegada, apertando a alça na mochila enquanto trocava o peso do corpo de uma perna pra outra. Algum tempinho depois avistei seu carro vindo pela esquerda. Entrei e dei um beijo em sua bochecha saudando-a. O caminho foi prosseguido em silêncio até a escola.

A primeira coisa que notei ao adentrar os corredores foram a conversas animadas entre os estudantes, como se eles estivessem em expectativa para algo. Olhei sem entender o que acontecia para Emília e ela me deu o mesmo olhar. Encostando em nossos armários e então a figura de Prissy apareceu interpretando-as.

_A coordenação deseja vê-la, estávamos somente te esperando. _lançou um olhar de relance para Emília como se a garota em breve pudesse sacar uma espada e impedir que eu fosse.

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⏰ Última atualização: May 15 ⏰

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