Capítulo.3

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Enquanto Emília e sua mãe conversavam peguei um copo d'água e comecei a andar pela delegacia, não era um lugar grande, claro ela ficava em um lugar remoto na beira da estrada. A porta da delegacia foi aberta e por ela passou uma mulher muito elegante com um idoso ao seu lado, ela se dirigiu a cela que antes Emília dividia com outro rapaz, escutei ela dizer:

_Filho! Ôh meu filho como veio parar aqui?
"Ele fechou os olhos e se teletransportou pra cá" _pensei ironicamente, então ela continuou_

_O que houve com seu olho? _ela passou a mão no seu rosto_

O soco que Emília havia dado nele estava começando a ficar inchado, concerteza aquilo ficaria horrivelmente roxo. A senhora Roberts se aproximou do balcão e falou alguma coisa pro policial sentado ali, então ele lhe entregou um saquinho plástico transparente.

Assim que entramos no carro para voltarmos para casa Emília exclamou:

_Vocês acreditam que eles confiscaram meus cigarros! Aqueles...

_Não quero ouvir um palavrão mocinha! _sua mãe a repreendeu_

_Você está errada de mais para exigir algo agora!

_Humph! _Emília bufou e se recostou no banco do carro_

Me acomodei em meu assento também, a postura que Emília exibia era de uma criança quando geralmente é pega fazendo algo de errado.

_Você está deplorável! _eu disse_

_É eu sei.

Seus cabelos loiros de corte channel estavam em estado de calamidade, com algumas partes duras e sujas de poeira, seu rosto com algumas marcas de sujeira pela bochecha, suas roupas estavam em igual estado apesar de não dar para parecer muito no preto.
Sua mãe se virou do volante.

_Você vai passar mais três meses de tornozeleira eletrônica por tentar atravessar a fronteira, os policiais me informaram, e por esse período também ficará de castigo!

_Mãe não sou mais criancinha para ficar de castigo!

_Mas você fica se comportando como uma, e talvez até pior! _então ela continuou_ _Irá sair somente quando necessário e comigo, sem celular e computador!

_Como vou falar com a Phoebe?

_Use o celular fixo da casa.

_Não me meta no meio. _sussurrei pra Emília _

_ E ficará encarregada das tarefas domésticas.

_Mãe! _Emília exclamou_

_Não me interrompa!

E assim essa discussão continuou até chegarmos em Nova Jersey.
Sheron parou na minha casa, abri a porta do carro para sair e me despedi delas.

_Amanhã nos vemos na escola Emília. _eu a abracei bem forte_ _Procure cuidar melhor de si mesma Emília, não quero que você morra tão cedo temos muitas coisas à fazer juntas ainda.

_Certo. _ela deu uns tapinhas na minha costa_ _Farei o melhor que eu puder.

_Tchau Sra.Roberts.

_Boa noite Phoeber, e obrigada por hoje.

_De nada. _antes de sair dei um beijo nela e mais um abraço em Emília_

Quando entrei em casa as luzes estavam apagadas, nem era tão tarde assim para minha mãe já ter se deitado, era melhor assim, se ela me visse chegando a essa hora por causa de Emília e não pela patinação concerteza ela me passaria outro sermão. Subi as escadas, estava exausta havia sido um dia bem longo. Me dirigi ao meu quarto, larguei a mochila na cama, e em seguida fui ao banheiro para tomar banho, já deitada uma coisa passou pela minha cabeça "Emília cada dia que passava arriscava mais sua vida em busca de algo para passar sua ansiedade profunda por algo que à fizesse sentir 'nada', somente seus pensamentos, e isso acabaria a matando e seria terrível para ambas as partes, principalmente para mim".

E então dormi.

Minha MetadeOnde histórias criam vida. Descubra agora