Começamos procura-la pelo Centro da cidade afim de conseguir alguma informação se alguém a tinha visto. Passamos pelos lugares que provavelmente ela estaria como becos, ruelas e lugares poucos movimentados que ela estaria enfiada.
_Não tenho mais idéia de onde ela pode estar.
Já era cinco da tarde logo mais escureceria e ainda continuarmos sem saber se seu paradeiro.
_Ela nem mesmo está com o celular. _Sheron estava a ponto de ter um colapso nervoso_
Encostei a cabeça na janela do carro.
_Você acha que ela cometeria alguma besteira, quero dizer, pior que das outras vezes?
_Não sei. _ela massageiou a tempora com o polegar_
_Devemos acionar a polícia? Está com vinte e quatro que ela saiu e não voltou.
_É acho que devemos fazer isso. _ela ligou o carro novamente e saiu do acostamento_
Meu celular vibrou no bolso, possivelmente minha mãe me ligando pra saber onde estava e se voltaria a tempo para o jantar. Tirei o celular do bolso, número desconhecido mostrava na tela.
_Oi?
_Phoeber! Sou eu Emília!
_Emília é você? Onde está? _sua mãe tirou o olhar da estrada e me fitou_
_É Emília? Deixa eu falar com ela, oh Deus muito obrigado!
_É a voz da minha mãe, ela está aí com você? _Emília disse no telefone_
_Sim. _escutei Emília grunir do outro lado_
_Ela quer falar com você, estamos preocupadas. _avisei-a_
_Certo, coloque-a na linha.
Coloquei o celular no viva voz para Sheron não precisar parar o carro novamente.
_Oi mãe...
_Ah Emília como você pode fazer uma coisa dessas com sua mãe, pelo amor de Deus onde você está?
_Em uma delegacia.
_O quê? _o carro deu uma guinada brusca_
_Calma mãe...
_Como você pode pedir pra ter calma Emília! Me diga em qual delegacia você está?
_Estou na cidade vizinha, em Fairview.
_Oh meu Deus Emília você sabe que não pode sair da cidade! _Sheron suspirou_ _Como isso aconteceu? Não, deixe pra me explicar isso quando chegarmos aí. Me mande o seu endereço já estamos a caminho.Alguns minutos mais tarde estavamos realmente na rodovia para a fronteira. Antes de irmos passamos na minha casa para eu vestir algo quente e confortável para a viagem, nesse meio tempo minha mãe discutiu comigo e meu deu um sermão sobre "essa garota" como ela chama Emília não ser uma boa influência, o que não resultou em nada já estava acostumada ouvir ela falar isso o que a incomodava bastante, mas nunca disse nada e não deveria era sua mãe e isso bastava.
_Não sei mais o que fazer. _Sheron sussurrou, parecia falar consigo mesma quando olhou para mim_ _Ainda bem que ela tem você como amiga, muito obrigada mesmo Phoeber.
_Eu amo ela. _eu disse e não existia coisa mais verdadeira que um dia eu havia falado_ _Ela é como uma irmã para mim sabe.Uma hora depois de dirigir com muita cautela por causa da estrada meia congelada em algumas partes haviamos chegado em Fairview. Estava chuviscando lá fora e muito frio. Já conseguia avistar a delegacia, Sheron estacionou o carro em frente ao lugar, abrimos a porta e saímos, meu cabelo grudou em minha pele por causa da garoa, empurramos a porta e entramos, Sheron se encaminhou ao balcão e começou a falar com a recepcionista. Depois de esperarmos algum tempo nos levaram a cela que ela estava.
_Pagaram sua fiança loirinha. _uma policial muito alta e com o rosto nada amistoso abriu a cela_
_Só um momento... _Emília se virou pro rapaz atrás de si e o socou no nariz_ _Isso é por não respeitar a minha decisão seu idiota!
Emília saiu do seu lugar e veio até mim e me abraçou me rodando.
_Você veio!
_É eu vim, queria me certificar que estaria bem.
Seu cabelo estava todo desgrenhado e sujo, e seu estado corporal também não parecia nada limpo. Sheron sua mãe atrás em pé atrás dela arranhou a garganta.
_Mãe! Eu também pensei na senhora!
_Claro que pensou. _sua mãe retrucou_ _Olha seu estado filha, sabe o quanto fiquei preocupada.
Aquela era minha deixa, eu deixaria elas conversarem por um tempo a sós.
_Vou beber água. _disse e me retirei em seguida lhes dando privacidade_
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Minha Metade
Ficção AdolescenteDuas garotas, vidas e personalidades diferentes, mesma escola e uma amizade de infância que as acompanha até a adolescência. Mas muitos problemas, desafios e confusões, e uma ameaça põe à prova essa amizade. (ATENÇÃO GATILHOS: automutilação, depress...