27 - sᴇɴᴛɪᴍᴇɴᴛᴏs

388 33 8
                                        

Quando amanheceu, eu sabia queteria que olhar na cara de Noah,até porque ele precisaria de mim,eu só não sabia como faria isso

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Quando amanheceu, eu sabia que
teria que olhar na cara de Noah,
até porque ele precisaria de mim,
eu só não sabia como faria isso.
O que eu diria para ele? Como
explicaria eu ter lhe dado um
tiro?

Noah ainda estava dormindo
quando eu acordei, e, sabendo eu
que ele não estava em condições
de fazer muita coisa, comecei a
pensar em como faria um café da
manhã.

Era nessas horas que Sabina fazia
mais falta.

Resolvi que torradas seria uma
boa ideia, e estava indo tudo
bem, até eu ver Noah caminhando
pela cozinha com dificuldades.

— Por Deus, Noah! Como você é irresponsável!

Fui até ele, apressada.

— Mas...

— Vamos pro sofá agora!

— Any, não precisa desse exagero.

Consegui fazê-lo se deitar no sofá.

— Exagero? Você levou um tiro a
menos de doze horas!

— Mas a ferida já tá fechada.

— Não significa que você pode
ficar descendo e subindo essas
escadas o tempo todo. E se os
pontos abrirem?

— Para de pensar o pior.

— Olha, eu só...

E a torradeira fez barulho.

— Torradas?

— Se tiver insatisfeito pode fazer
seu próprio café da manhã.

— Posso mesmo?

— Não.

Fui à cozinha e coloquei as
torradas no prato, junto com o
café na xícara e level para ele no
sofá.

— Da última vez que você tomou
conta de alguma comida, minha
irmã foi parar no hospital, não
sei se me sinto seguro comendo
isso.

— Ah mas você vai, porque por
mais que você queira bancar o
idiota nós dois sabemos que não
é, e você sabe que se não comer
vai ficar com fome.

— E se eu preferir ficar com fome?

— Você também sabe que eu não
vou permitir, nem que eu enfie
essas torradas pelo seu fundo,
então para de dar chilique e
engole essa porra.

— Acordou mal humorada hoje? -
ele perguntou e deu a primeira
mordida na torrada.

— Eu sei lá.

— Sabe que precisamos conversar, não sabe?

— Precisamos nada.

— Claro que precisamos

— Eu vou... arrumar o que eu
baguncel na cozinha. Bom
proveito.

É óbvio que eu adiaria aquela
conversa até onde conseguisse.
Eu sabia que estava errada, mas
eu nunca admitiria isso para ele,
e se fossemos conversar sobre,
era algo que eu teria que fazer
uma hora ou outra.

ⁿᵒᵃⁿʸ | 𝗽𝗿𝗶𝘀𝗮̃𝗼 𝗱𝗼𝗺𝗶𝗰𝗶𝗹𝗶𝗮𝗿 ✔︎Onde histórias criam vida. Descubra agora