38 - ᴀ ɢʀᴀɴᴅᴇ ᴠᴇʀᴅᴀᴅᴇ

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Várias pessoas surgiram naquela rua, olhando rápido, eu diria que tinha umas 20, contando com Dylan, Noah e eu

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Várias pessoas surgiram naquela rua, olhando rápido, eu diria que tinha umas 20, contando com Dylan, Noah e eu. Ao vê-lo pessoalmente depois de tanto tempo, tudo o que eu queria era correr para abraçá-lo, mas também, o medo de que algo lhe acontecesse me dominou. Tive o impulso de sair das mãos fortes daqueles dois homens que me prendiam, mas eles me seguraram antes que eu fizesse isso

— Aqui minha linda, aqui está sua passagem de volta para nossa antiga vida. Soltem ela

Eles me soltaram, mas eu fiquei em meu canto. Noah me olhava nervoso, e eu pensava em um jeito de tirar ele dali

— Dylan, deixa ele ir - pedi com paciência

— Mas por quê? Esse cara te manteve presa por um ano inteiro, te manteve longe de mim, da sua vida! Você deveria estar agradecida por eu tê-lo trazido aqui

Ele levantou um revólver, andou até mim, pegou minha mão e a colocou no objeto

— Tudo que você precisa fazer... - Dylan se posicionou atrás de mim e apontou a arma em minha mão para Noah — ... é puxar o gatilho, e você vai sentir a sensação de se vingar de uma pessoa que te fez mal ou até que nem fez

— Isso é uma loucura

Me afastei dele

— Matar Noah não vai me trazer de volta, aquela Any tá morta, não existe mais, será que não entende isso? Por favor, Dylan solta ele

— O que deu em você? Como essa prisão domiciliar te mudou tanto? O que te aconteceu nesse tempo?

— Não aconteceu nada

A essa altura, minha preocupação com a vida de Noah já estava me tirando lágrimas, e infelizmente, Dylan percebeu aquilo

— E agora? Por que está chorando? Any, eu não tô te reconhecendo

Olhei para Noah, que além de estar com os braços presos por dois homens, ainda havia uma corda que os amarrava. Ele não parecia assustado, apenas nervoso com o que poderia acontecer ali, e curioso, para saber se eu realmente seria capaz de fazer algo ruim

Eu estava em um beco sem saída. Se eu demonstrasse que não queria que nada acontecesse com ele, Dylan só iria ter mais vontade de vê-lo morto, nem que tivesse que fazer isso com as próprias mãos ao invés de me obrigar

— Não! - ele falou sorrindo, como se tivesse percebido algo muito grande — Eu não posso... Acreditar... - riu outra vez — Se apaixonou pelo engomadinho!

ⁿᵒᵃⁿʸ | 𝗽𝗿𝗶𝘀𝗮̃𝗼 𝗱𝗼𝗺𝗶𝗰𝗶𝗹𝗶𝗮𝗿 ✔︎Onde histórias criam vida. Descubra agora