The dawn

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Acordo no dia seguinte e me mexo um pouco sentindo um peso em meu peito. Abro os olhos e olho pra baixo vendo jimin dormir tranquilamente sobre meu peito nu. Seus lábios entre abertos, um pouco inchados e sua bochecha um pouco amassada. Fico o olhando e o faço carinho sem perceber.

- esse é um ótimo jeito de me acordar – ele diz e tomo um susto parando de fazer carinho rapidamente. – ei. Continue. – nego e me levanto devagar. Vou ao banheiro e faço minha higiene matinal. Volto ao quarto o vendo sem camisa e olho seu corpo pequeno. - gosta do que vê ?

- coloca a camisa. Se meu pai entrar no quarto e te ver desse jeito, ele vai pensar besteira. – falo.

- não seria uma má ideia.

Num piscar de olhos o mesmo estava até a mim. Suas unhas curtas arranhavam meu abdômen e agarro a cintura do mais baixo o colocando contra a parede. Eu não sei por que eu fiz isso.

- está melhorando jungkook-ah. – sussurra e tomo a iniciativa dessa vez. Juntando nossos lábios num beijo agressivo, cheio de mordidas. Aperto a cintura fina e bonita com firmeza ouvindo o gemido do mesmo contra meus lábios. Quando ia descer minha mão ouço as batidas na porta e suspiro.

- filho posso entrar ? – ouço a voz do meu pai e suspiro. Me separo devagar e me sento a mesa fingindo estar estudando. Jimin veste sua camisa e fica no sofá pequeno.

- entra - falo fingindo estar concentrado. Eu nunca fui muito bom em mim.

- te atrapalho ? - pergunta e nego. O mesmo fecha a porta e vem até a mim. Parece que ele não percebeu a presença do jimin ou ele sumiu. - filho, aconteceu alguma coisa pra você estar me evitando ?

– nego - não aconteceu nada. Estou normal. - falo olhando pro trabalho.

- tem certeza jungkook ? Olha pra mim enquanto falo. Sabe que isso é falta de educação. - solto o lápis e o olho cruzando meus braços.

- comigo não tem nada acontecendo ou será que com você tem ? – pergunto vendo sua postura mudar radicalmente pra uma mais rígida.

- oque você sabe ? – ele pergunta grosso.

- no momento nada. Mais eu vou descobrir – falo e me viro. Sinto o aperto forte em meu ombro e respiro fundo.

- você vai ficar quieto. Depois vamos conversar – ele fala e sai do quarto. Dou um soco na mesa e suspiro.

- eu disse. Seu pai não é um santo jungkook. Bons pais, sempre escondem algo. Ninguém é puro sem por cento. Na terra, sempre haverá o pecado, é sua escolha ir nessa direção ou não – jimin fala e concordo.

O pior de tudo era que ele tinha razão. O pecado não era um caminho, era uma decisão. No final, cada decisão tinha consequência poderia ela ser boa ou ruim.

- tem razão – falo e ele ri.

- eu sempre tenho jungkook. Você só falta perceber isso mais vezes – ele fala.

- você é chato e intrometido – falo.

- você gosta que eu sei – ele ri – se não gostasse não iria me dar bola.

- jungkook meu filho. – minha mãe entra no quarto com cuidado.

- venham tomar café crianças. Seu pai já saiu. - ela fala.

- pra onde ele foi ? - pergunto.

- não sei. Ele só disse que ia sair. - não aguentava mais aquela mentira.

- você não acha que ele tá saindo demais não mãe ?

- ah filho, seu pai é um homem ocupado. E bom, é ele que sustenta nossa casa. Por isso, eu sempre estou em casa, cuidando e arrumando, e fazendo o meu devocional também. - suspiro.

- mesmo assim. Ele tá saindo demais. Como pode não desconfiar dele ? - ela entra e se senta na cama ao lado de jimin.

- eu confio no seu pai filho. Eu amo muito ele. - ela sorri. - eu poderia ter minhas inseguranças sim, de mulher, mas seu pai nunca me fez me sentir menor. Na verdade, ele sempre me amou muito. - suspiro de novo. - eu não sei oque aconteceu, mas por favor, é seu pai huh ? Não guarde nenhuma mágoa em seu coração.

- tá mãe. - falo e ela levanta beijando meus cabelos.

- desça pra comer. Você e o jimin.

- senhora jeon, eu estou doido pra comer mais dessas mãos de fada que a senhora tem - ela ri e ele sorri.

- não seja por isso. Temos uma mesa farta hoje, já que você é nossa visita hoje – ela sorri. – não demorem e jungkook coloque uma camisa, olha os modos na frente da visita – ela fala e se afasta saindo e fechando a porta.

Eu ainda ia descobrir oque meu pai fazia de tão grave.

Demon BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora