💛Capítulo: 23💛

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O sono chegou sim, mas de manhã. Eram 6h, quando meus olhos cansados se desligaram de tudo e caí num sono profundo. Não vi mais nada. A tevê ficou ligada. Tinha dormido de roupão e tudo. Via Eric numa linda igreja, enfeitada de flores, num lindo terno sofisticado, com seus olhos brilhantes. Ele olhava para todos os lados. De repente ele parou o seu olhar numa mulher, que estava bem lá no fundo, atrás de todos. Meus Deus, ao me deparar com esta mulher, vi que era eu.

Ele saía do altar e vinha correndo em minha direção sorrindo e tão rápido, que em segundos estava comigo. Pegava em minhas mãos e me olhava nos olhos ternamente, falando num tom de felicidade:

-- Não disse, Carol, que...

Neste instante senti um frio e puxei o cobertor para cobrir minhas pernas. Meus olhos se abriram lentamente. Eu me senti frustrada, pois foi um sonho. Eu continuava no meu quarto e sem saber como ele terminava.

Soltei um suspiro bem alto e me espreguiçando decepcionada, disse para mim mesma: -- Droga! Só podia ser sonho mesmo! Eric estaria na igreja, sim, mas ao lado daquela uma. A vida é ingrata! Eu o amo tanto e ele vai se casar com quem não vale nada, por causa desse bendito dinheiro. Ele é um ator famoso, será que não ganhava o suficiente para ajudar o pai? Eu acho que era mais um capricho do Sr. Parker perante o amigo, pai de Camila, o Sr. Vasquez.

Olhei para o relógio e vi que já eram 12h. Meu estômago roncava de fome. Levantei-me, lavei o rosto e desci para a cozinha. A preguiça tomava conta de mim. O que eu ia comer? Resolvi fazer uma omelete recheada de queijo e presunto. Usei 3 ovos e bastante recheio, pois estava com muita fome. O cheirinho estava ótimo, eu já podia me casar! -- Ri, comigo mesmo. Casar... Isso era coisa para a descarada da Camila!

Sentei e praticamente devorei tudo em instantes. Que delícia! Estava muito bom, mesmo! Fui para a sala ver um filme com uma tigela de morangos com chantilly. Nossa, como eu gostava disso! Se eu continuasse assim, ia virar uma baleia, e aí, Eric não ia...

Balancei a cabeça para revirar os pensamentos, pois já ia falar besteira. Ele agora não passava de um sonho distante. Resolvi tomar um bom banho e sair um pouco para caminhar.

Coloquei uma jeans preta, uma blusinha rosa, justa, que realçava bem os meus seios. Calcei minhas sapatilhas douradas, e pegando minha bolsinha de praxe, saí, aproveitando o céu azul e o sol, que apesar de ameno, estava bem gostoso. Uma brisa suave passava entre mim, trazendo o perfume das flores das árvores. As ruas eram bem coloridas e cheias de perfumes. Estava tudo muito bem, até eu passar por uma banca e ver bem na minha cara, uma revista trazendo Eric, todo imponente e Camila, aquela galinha, de braços dados com ele.

Fiquei paralisada, pois falava do casamento. Meu coração palpitou forte. Meus olhos se encheram de lágrimas e meu passeio foi para o brejo. Tive que comprar a revista, pois falava tudo sobre o tal casório. Paguei ao Sr. Belizário, dono da banca e fui para casa chorando, com a revista apertada ao peito. Eu era teimosa. Nem sei como leria a notícia. Chegando em casa, subi correndo, joguei a bolsa na cadeira e sentei-me na cama.

Eu não tinha dado conta de como os dias passaram. Li que o casamento seria amanhã, sábado, as 18h, como Ellen já tinha me falado. Puxa, aí me dei conta que na segunda-feira sairia o resultado do vestibular, se eu tinha passado ou não. O casamento seria realizado na Catedral Metropolitana. As roupas eram importadas. O vestido de Camila veio da França. Não sei para que tanta frescura com Camila. Se pelo menos eu passasse no vestibular, teria algo para comemorar e esquecer este maldito casamento.

Não sabia nem andar num salto alto e coitada, tinha as pernas de saracura. Eu até agora não entendia que sucesso ela fazia como atriz. Não tinha talento nenhum. Eric sempre a carregou nas costas.

Conquistando meu ÍdoloOnde histórias criam vida. Descubra agora