💛Epílogo: Parte-1💛

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9 de janeiro...

Era o nosso aniversário de casamento. Acordei feliz, pois como chefe, eu podia tirar algumas folgas quando necessárias e depois repô-las. Nada mais importante do que esta data. Eric nunca esquecia do nosso aniversário. Sempre vinha com lindos presentes. Graças a Deus fomos abençoados com ótimos empregos, frutos dos nossos esforços.

Eu continuava no mesmo hospital e já o reconhecia como uma extensão do meu lar. Fiquei como chefe da Pediatria, especialidade em que mais me identifiquei. Eric, agora, era dono de uma escola. A "Parker Produções Teatrais." Ele conseguiu realizar o seu sonho e levou com ele vários professores da outra escola.

Ellen, continuava a ser secretária dele e, também, tinha um ótimo salário, fruto da sua eficiência. Adam, seu marido, ainda era nosso grande amigo e motorista. Também não podia reclamar do que ganhava, tinham até casa em Aspen, onde íamos muito e nos reuníamos como uma grande família.

Nossos filhos já estavam bem crescidinhos. Elliot, um pequeno rapazinho, podia-se dizer e, Bia, uma mocinha linda. Ellen tanto fugiu, que acabou cedendo ao desejo de Adam. Estava grávida de uma menina. Faltavam três meses para ela nascer. Ele não falava em outra coisa. Vivia alisando a barriga dela esperando a chegada da sua princesa. Eram tantos os nomes escolhidos, que ainda não haviam se decidido por nenhum.

Meus filhos eram lindos, mas muito travessos. Não sei a quem puxaram, será que ao pai? Quando pequenos uns amores, mas agora... Só me davam trabalho. Recebíamos sempre recados dos professores e éramos chamados em reuniões. Eu morria de vergonha! Não eram indisciplinados e nem mal-educados, mas conversavam muito em sala de aula, atrapalhando os professores e, no recreio, tinham alguns desentendimentos com outros alunos.

Eu e Eric os chamavam sempre para uma conversa e, eles prometiam não fazer mais. No mês seguinte, éramos chamados de novo. Em compensação, nos estudos, eram os primeiros da classe, sempre tiravam notas altas e passavam de ano sem recuperação.

Já, Andrew, filho de Ellen, exemplar em tudo. Comportamento excelente e notas fantásticas. Foram educados juntos, mas os meus, me saíram diferentes, melhores do que as encomendas.1

Ela tinha muito orgulho dele e o pai nem se fala, também não era para menos. Andrew vivia grudado em Beatriz, até falei para Eric que isso ia dar namoro e, não seria nada mal, mas somente o tempo iria dizer.

O dia estava lindo, ensolarado, mas com uma brisa leve trazendo um frescor gostoso, que aliviava o calor. Eu não tinha dormido direito, ainda tinha as minhas insônias, com menos frequência, mas às vezes me pegavam. Aí eu me levantava, deixava Eric dormindo e vinha até a varanda. Ficava ali com o meu bom e velho amigo chá, recordando-me de tudo, mas agora sem folhear álbuns. Senti um calor atrás de mim e era o meu amor. Aquele homem, que tudo fazia para me ver feliz.

-- Bom dia, minha querida!

-- Bom dia, meu amor!

-- Vamos entrar que hoje vou fazer um café especial para nós, afinal, é um dia muito importante.

-- Sim, importante demais! E por falar em café, vamos mesmo entrar, que já estou com fome!

-- No mínimo teve insônia de novo!

-- Sim! -- Eu disse rindo.

-- Pode rir, eu não falo mais nada a respeito disso. Você é médica e sabe melhor do que eu.

Enquanto ele fazia o café, sentei-me no balcão e fiquei pensando:

"Qual será o meu presente este ano? Vamos ver: já
ganhei relógios, pulseiras, gargantilhas e brincos, braceletes, roupas, sapatos, anéis de brilhantes e outros... Ah... Um belo carro vermelho, Range Rover... Bem que poderia ser a nossa lua de mel. Trabalhamos tanto que esquecemos de nós. Ainda bem que Melissa e Malu continuavam com a gente. Eram de confiança e, podíamos contar com elas para tudo.

Conquistando meu ÍdoloOnde histórias criam vida. Descubra agora