Um sonho

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— Mellanie? Podemos conversar? — pergunta o professor novamente ao notar minha falta de resposta.

— Ah, claro professor. Desculpe.— Falo ao me virar pra ele, completamente  constrangida, imagina se ele quer conversar porque ouviu a Ana e eu falando dos.... Atributos dele... melhor nem pensar nisso. Desvio  o olhar dele, mas é obvio que ele já percebeu o quanto eu estou constrangida.

— Não precisa ficar tão nervosa, não  é nenhuma conversa séria não.

Estou sem palavras, claro que ele sabe que estou nervosa, e claro que ele sabe o motivo.... Deus me ajude...

— É... professor,  me desculpe pela conversa com a Ana, é que eu...

— Mellanie, ei, se acalma, eu não  estou bravo.

— Não  está?

—  Não, eu estou feliz na verdade.

— Feliz?

— Sim, eu estava preocupado com você.  Que você não se entrosasse com o resto da turma, fico feliz de você  já ter feito una amiga, e tudo bem conversar, desde que não  atrapalhe a aula. Eu quis falar com você, justamente por estar preocupado. E deixar claro que estou aqui pro que você  precisar.

Ao falar isso, ele me olha intensamente e põe  a mão  no meu ombro.

— Obrigada professor, e obrigada pela preocupação.

— Só não hesite, em me procurar se precisar de mim, certo.

— Não  precisa se preocupar, se eu precisar, eu procuro o senhor.

— Você, por favor. Não  precisa dessas formalidades, isso sem falar que me sinto um velho sendo chamado de senhor.

Só  então  me dou conta de que durante todo esse tempo, ele continua com a mão  no meu ombro, eu quase sinto que isso pode ter um significado, mas não  quero ficar imaginando coisa onde não  existe, já  não  basta eu quase surtar e contar pra ele sobre a conversa com a Ana, sendo que ele nem sabia de nada, eu definitivamente preciso me acalmar. Me afasto levemente dele, fazendo com que ele tire a mão do meu ombro.

— Obrigada novamente por isso professor,  se o senhor... digo, se você não se importa, eu já vou indo.

— Tudo bem, até mais Mellanie.
Na hora em que me viro e me aproximo da porta eu o ouço  me chamar de novo.

— Mellanie, você esta se sentindo  melhor?

— Melhor? Desculpa professor, acho que não entendi.

— Deixa pra lá, eu... Devo ter me confundido. Até mais Mellanie.

~ ♡ ~

Saio da faculdade pensando no meu professor, especialmente no fim daquela conversa, que foi, no mínimo estranha. Quando chego em casa, meu celular toca com um número desconhecido.

— Alô?

— Oi, esse número é da Mellanie?

— Isso, é ela mesma, quem fala?

— Oi Mel, é a Ana. Pera, tudo bem eu te chamar de Mel né?

— Oi Ana! Claro que você pode me chamar de Mel!

— E aí, oque o gostoso queria com você?

— Primeiro, eu preciso saber, como você conseguiu meu número?

— Ah, eu tenho minhas fontes! Agora não desvie o assunto mocinha!

— Que fontes Ana? Eu não conheço ninguém ainda!

Meu querido professor [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora