009.

292 37 19
                                    

Todos os dias Gavriel me chamava para dormir com ele. No início eu pensei em relutar, mas era tão...

Bom.

Tão bom sentir seu calor me aquecendo durante a noite e era muito bom acordar e a primeira coisa a ver de manhã ser ele e aqueles olhos dourados.

Eu estava fodida. Muito fodida.

Quase todos dias nos encontrávamos no pátio da pousada para se exercitar ou para dar dicas não requisitadas sobre a técnica de Dorian com uma espada ou uma adaga. Em alguns dias, Rowan nos deixava ficar; em outros, expulsava a gente com um grunhido.

Macho besta.

— Vamos lutar hoje, quero ver se o velhote ainda consegue me derrotar. — Nós estávamos igual a todos os dias pela manhã. De frente um para o outro deitados. Ele riu e se virou para olhar para o teto. — O que? Está com medinho de levar uma surra da famosa "fêmea escuridão de Doranelle"

— Esse título é ridículo. — Eu me sentei e bati em seu peito, ele gargalhou mais ainda.

— Eu sei que é ridículo, mas não fui eu que criei. Acho um absurdo vocês terem um mais legal que o meu, eu sou bem melhor que vocês. — Bufei e cruzei os braços, fazendo biquinho por causa da irritação — isso não é justo. — Dei um gritinho assustado quando ele me puxou para cima dele, nossas risadas ocupando o quarto. Ele fazia cosquinhas em meu corpo. — Gavriel pelos deuses você vai me matar! — Ele gargalhava. Quando parou, caí em cima de seu corpo, nossos rostos a milímetros de distância, meus cabelos parecia uma cascata ao lado de nossos rostos.

As nossas respirações ofegantes fazia com que nossos peitos se movessem pesadamente. Ficamos alguns segundos em silêncio, mas parecia horas e horas. Poderia ficar horas e horas observando Gavriel.

— Gavriel... — ele colocou a mão na minha bochecha. Descendo o olhar descaradamente para meus lábios e meus seios. Minha respiração ficou entrecortada quando sua outra mão surgiu em minha cintura e fazendo carícias na minha perna.

— Eu não sei o que você está fazendo comigo Celeste... — sua voz saía baixa, como se ele tivesse precisado de todas suas forças para falar. — Mas eu realmente estou gostando. — Meu corpo parecia ter vida própria, pois quando vi, estava montada em seu colo,  praticamente deitada sob ele.

— Gavriel... — Eu não sabia o que dizer, ou o que pensar, principalmente quando Gavriel colocou sua mão em meu pescoço e em seguida segurando meus cabelos, para ter acesso livre ao meu pescoço. Eu podia sentir seus caninos roçando minha pele.

Um gemido escapuliu de dentro de mim, pude sentir Gavriel ficar duro debaixo de mim, o meio entre minhas pernas concentrou todo o calor do meu corpo.

Eu iria enlouquecer.

Eu taquei o foda-se.

Esfregava meu corpo lentamente sob o dele, um grunhido saiu de dentro dele.

— Você ainda vai me enlouquecer, Celeste. — Uma risadinha foi minha única resposta. Seus beijos desciam cada vez mais do meu pescoço, chegando cada vez mais perto de meus seios. Seu dedo foi até a fina alça da minha camisola, ele me olhou como se perguntasse se eu realmente queria aquilo.

— Se você não baixar essa alça agora, eu vou te socar na cara, Gavriel. — Uma risada rouca saiu de dentro dele e ele fez. Lentamente baixava as alças e quando o vento frio da manhã atingiu meus seios completamente expostos, ele sussurrou:

— Lindos... tão lindos... — E então atacou, completamente faminto. Um gemido sussurrado saiu de mim, o que fez ele abocanhar meus seios com mais vontade. Meus dedos se enrolavam em seus cabelos loiros, impulsionando sua cabeça cada vez mais para perto de meus seios.

Soltei uma de minhas mãos de seu cabelo e passei lentamente pelo seu peito, abdômen... e quando coloquei minha mão sobre sua intimidade, minha respiração parou e um tipo de soluço saiu de mim.

— Pelos deuses... — Sussurrei com minha cabeça encostada em seu pescoço, dando leves beijos ali, o que fazia os pelos de Gavriel se arrepiarem. Quando minha mão apalpava seu membro, ruídos saíam dele.

Eu realmente iria enlouquecer.

Mas então...

Batidas na porta.

— Eu realmente espero que vocês dois não estejam dormindo aí! — Eu acho que nunca senti tanto ódio por alguém igual eu senti dele. — Rolfe...

— Eu vou matar esse desgraçado. — Falou Gavriel suspirando.
— Eu ajudo a enterrar o corpo. — Ele riu de leve, colocando delicadamente minhas alças de volta, as batidas de Fenrys ainda soando da porta. — Vou lá dar uns socos nele, já volto. — Saí de cima dele, um frio subiu em meu corpo. Quando abri a porta e meu cheiro atingiu Fenrys e ele viu minha cara, ele entendeu.

— Pelos deuses... — Ele segurou a risada.
— Eu estou pensando em várias formas de te matar, sabia? várias ideias interessantes e bem dolorosas estão surgindo na minha cabeça. — Ele colocou os braços para cima, em forma de rendição.

— Vocês não desceram para o café, e Rolfe nos solicitou para ir para o escritório deles. Precisei vir te chamar, mesmo atrapalhando... O que isso nos seus olhos...?

— Nem complete a frase, ok? Estamos indo. — Bati a porta na cara dele, pude escutar sua gargalhada sumindo no corredor. Quando voltei minha atenção para Gavriel, ele estava vestindo sua blusa.

— O que ele queria?
— Rolfe convocou todos, deve ter acontecido algo. — Abri a porta para voltar ao meu quarto.

— Vai para onde? — Ele perguntou vindo até mim, dei uma risadinha e arqueei minha sobrancelha.

— Não estou muito afim de ir de camisola, sabe? — Sua expressão suavizou e ele pegou meu queixo delicadamente, me fazendo o encarar.

— Eu gosto de suas camisolas. — Um sorriso travesso surgiu no meu rosto.
— Você pode até gostar, mas não estou afim de sair desfilando com elas — um sorrisinho apareceu no seu rosto — Ou talvez eu devesse. — Sua expressão mudou instantaneamente, me fazendo gargalhar. — Nem todos tem o privilégio de me ver com elas, mas quem sabe...

— Eu preferiria que somente eu as veja. — Ele alisou meu queixo de leve. Eu não estava preparada para aquela maldita resposta, meus pelos arrepiaram e minha respiração falhou.

— Bom, não sabia que queria tanta exclusividade, Gavriel.
— Talvez eu queira. — Baixei meu olhar para sua boca e sussurrei:

— Então lute por isso, Leãozinho. — Quando saí, pude escutar um grunhido saindo dele, sorri triunfante.

𝐂𝐄𝐋𝐄𝐒𝐓𝐄 - GavrielOnde histórias criam vida. Descubra agora