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aos 10 anos de idade almocei pela primeira vez com a família do tom.

ele conheceu minha vó nas primeiras semanas em que nos falamos. não sei dizer ao certo como ele acabou indo parar lá, provavelmente convidou a si mesmo pra entrar e eu só ri e concordei.
lembro do amor instantâneo surgido entre ele e a vovó.
bem, não era culpa dele. a vovó era simplesmente incrível com crianças. e também, o que ela poderia fazer diante do rostinho lindo de nove (quase dez) anos do tom.

o pai do tom estava sempre trabalhando, mas por uma rara obra do universo, naquele final de semana ele estaria de folga e decidido a fazer um passeio em família.
a mãe de tom ligou para minha casa, no início da manhã de sábado.
pergutou a minha vó se eu poderia almoçar com eles.
com a minha cabeça de um lado do telefone e o ouvido da vóvó do outro, lembro de ouvir tom insistir com euforia que eu fosse junto ao fundo da ligação.

vovó me vestiu com um vestido verde escuro e pôs fitas no meu cabelo.

ás 11 horas, o carro do pai do tom parou em frente a minha casa.
lembro de ficar maravilhada com o brilho que o carro exalava.
ao abrir a porta, vejo tom sorrindo e se afastando pra que eu pudesse me sentar.

no caminho os pais de tom me cumprimentam sorridentes, exigindo que minha vó viesse na próxima vez.

"nós gostaríamos muito de conhecer a vó de quem o tom tanto elogia, já que finalmente estamos conhecendo a tão falada lia."

em um ano de amizade, eu só havia visto de longe, umas duas vezes ou menos, a mãe de tom.
mas aquele era de fato o nosso primeiro contato, o mesmo com o pai.

o resto do almoço foi ótimo.
lembro com carinho a simpatia com a qual os pais de tom me trataram naquele dia. nada mudou desde então, com o tempo as minhas idas a casa de tom se tornaram quase tão frequentes quanto as dele a minha.

todas as vezes que eu amei vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora