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-quantas?- tom se aproxima.
-quantas imagina?- digo, servindo a ele e a mim, nossos primeiros copos da noite. -nat procurava por você.- digo.
-onde ela tá?- tom me pergunta.
-deve estar no telefone com os pais da melissa, informando que a festa anda bem e que nenhuma bebida passou pela porta.

tom sorri e da um gole.
percebo que léo me olha da porta da varanda.

-acho que estamos sendo caçados.- diz tom ao perceber o olhar de léo também.
-quer ir pra outro lugar?
-não é uma casa tão grande assim tom, não tem muitos lugares para estar.
-quer ir?- ele pergunta outra vez.

sorrio.

com uma garrafa na mão esquerda, tom me leva ao fundo do jardim da casa de melissa.

encontramos um desses balanços de madeira e nos sentamos á iluminação de luzes fracas vindo de toda a casa.

damos alguns goles.

-a nat estava te procurando? já disse isso? ela perguntava se você andava falando dela, se perguntava por ela...-digo errando algumas palavras.
-o que você respondeu?
-não respondi. ela mal quis ouvir a resposta e saiu atrás de você.

-léo tem falado de você...nos últimos dias bem mais.
está apaixonado por você.
-acha isso?- pergunto.
-não acho que ele tenha notado ainda.

-você não?- tom me pergunta, sobre estar apaixonada.
-não...como saberia se estivesse?
você já soube?

tom não me responde.
termina de virar a garrafa e se debruça sobre meus braços.

o sinto quente em meu colo.

nos olhamos ali, por segundos.

-você se apaixonou por nat?
-não.
-nem mesmo após tantos beijos?- rio.
-impossível.- tom suspira -se mal pude me apaixonar no primeiro.- complementa.
-do que chama isso? paixão de primeiro beijo?- pergunto.
tom sorri.
-amor não se descobre beijos depois, se nota no primeiro.- tom me olha.
-o que acha?- me pergunta.
-acho que entendo.

de repente, ouvimos distante melissa nos chamar.





todas as vezes que eu amei vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora