todas as vezes que eu amei você

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dois copos de limonada pra cada um e então vamos até a casa de tom, decidimos nos aprontar lá.

-vou tomar um banho, pode ficar no meu quarto.- diz tom indo em direção ao banheiro da casa.

ponho minha mochila na cama de tom e procuro entre seus cds algo para ouvir.
noto entre sua coleção alguns cds de rock, rio e estranho.
escolho um cd qualquer, o único com uma capa colorida entre os outros.

começo a me arrurmar.

escolho um vestido verde escuro,um pouco justo, acima dos joelhos com alças finas atravessadas no meu pescoço e costas.
ponho um salto preto e brincos dourados, formados por fios que caiem da minha orelha desordenados.

termino minha maquiagem, algo simples e um pouco borrado se olhado muito de perto.
aos 13 anos maquiagem não era meu forte e
até hoje segue não sendo.

tom sai do banheiro e me encara.
-o que achou?- pergunto ao mexer no cabelo e me olhar no espelho pela vigésima vez em poucos minutos.

ele demora um pouco a me responder ou talvez minha mente tenha contado horas por segundo após minha pergunta meio arriscada.

-você tá perfeita! muito linda lia, muito linda, muito.- ele sorri.
e eu sorrio de volta.

tom só de calça preta, agora veste uma blusa, de um tecido que parece seda, vermelho vinho.
põe um tênis preto, passa um perfume e com um gesto me chama a descer junto com ele.

vamos de taxi até o local da festa.

-expectativas?- ele pergunta.
-não pular desse carro em movimento.
-expectativas?- pergunto.
-uma só, não te deixar pular.- ele ri e seu braço direito me envolve pelo pescoço.

ao chegarmos, um certo nervosismo me abraça mas rapidamente é expulso pelo abraço de tom, que põe seu braço em minha cintura pra que pudéssemos entrar.